As Virgens Suicidas (Jeffrey Eugenides)

virgensNota: Este post foi originalmente publicado no Meia Palavra em 08/05/2012. Trago agora para o Hellfire porque, pelo menos de acordo com o site da Livraria Cultura, hoje o livro sai em nova tradução (de Daniel Pellizzari) pela Companhia das Letras, o que vale a divulgação. Lembrando que a tradução que li foi feita por Marina Colasanti, e saiu pela L&PM através de acordo com a Rocco.

Por mais que algumas pessoas pensem que boas histórias são escritas como que em uma enxurrada criativa vivida pelo autor, a verdade é que pelo menos nos bons livros nada é por acaso. Para explicar meu ponto de vista, dou este exemplo: o que seria de Dom Casmurro se ao invés de um narrador-personagem (Bentinho) tivéssemos um narrador em terceira pessoa, onisciente e que não atribuísse qualquer juízo de valor aos acontecimentos descritos? Bom, obviamente que Capitu não seria lembrada por tantos brasileiros (mesmo os que se traumatizaram com as aulas na escola). E digo isso porque se As Virgens Suicidas é um livro tão hipnotizante, é justamente por causa das (ótimas) escolhas de Jeffrey Eugenides ao contar os mistérios envolvendo os suicídios das meninas Lisbon. Continue lendo “As Virgens Suicidas (Jeffrey Eugenides)”