Lágrimas na chuva: Uma aventura na URSS (Sergio Faraco)

Faraco abre Lágrimas na chuva: Uma aventura na URSS citando o clássico do cinema Blade Runner, para explicar o título que escolheu para seu livro de memórias. Nas palavras do androide Roy Batty, “Eu vi coisas que vocês nunca acreditariam. Naves de ataque em chamas perto da borda de Orion. Vi a luz do farol cintilar no escuro na Comporta Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva.” E apesar da explicação, e mesmo do subtítulo, a verdade é que não há como antecipar todas as surpresas que essa breve obra pode trazer ao leitor.

Lágrimas na chuva é autobiográfico, trazendo, como indica o subtítulo, as lembranças do tempo que o autor viveu na URSS, entre os anos de 1963 até 1965. O leitor acostumado a ter uma visão americana da década de 60, amplamente divulgada pelo cinema, acaba esquecendo que paralelamente havia um mundo todo “do lado de lá” da Cortina de Ferro. Mundo esse que Faraco vai conhecer quase que por acaso, com o que no momento seria a sorte de preencher “a cota” necessária para ganhar a oportunidade de estudar no Instituto Universal de Ciências Sociais em Moscou, junto com outros brasileiros.

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