The Vampire Diaries (Primeira Temporada)

Então que há dois anos os vampiros começaram a pipocar aqui e acolá e todo mundo queria tirar um teco do bolo assado pela dona Stephenie Meyer. A coisa não mudou muito de figura no campo da literatura (agora a moda é “romance sobrenatural” para “jovens adultos,” envolvendo zumbis, fantasmas, anjos, leprechauns e o escambau), mas nas séries de tv as fatias esse ano ficaram ali entre True Blood e The Vampire Diaries. Aquela coisa: pouco tem em comum, sobretudo o público alvo, mas no intervalo de uma a outra serve para tapar buraco, e aí quando você percebe já está acompanhando a história.

No caso de The Vampire Diaries, os primeiros episódios eram um tanto fracos. Meio que culpa do fato de que já chegou vendendo a ideia de que a protagonista ficaria dividida entre o amor de dois vampiros. O vampiro “do bem” até que foi conquistando bem o espaço na série, mas o “do mal” que tinha tudo para ser a personagem mais legal, era só irritante, sem uma boa motivação. Enfim, deixei a série lá no modo de espera e acabei só terminando de ver agora a primeira temporada.

O surpreendente é que ela foi melhorando da metade para o fim. Não melhorando do tipo “Ei, todo mundo deve ver essa série!”, mas não foi uma perda de tempo completa, nem ficava me odiando após cada episódio. Novos elementos foram colocados na trama, e Damon (o irmão do mal) foi finalmente ganhando o espaço merecido para se desenvolver como personagem.

Outra coisa que ficou interessante é que saiu um pouco da melação que é predominante em livros e séries do tipo para incluir alguns elementos de suspense e ação que podem divertir até os meninos. A tentativa de Damon de tirar Katherine da tumba onde ela está presa dá uma motivação além da “encher o saco do irmão” que era o que se via inicialmente, e traz junto novas personagens que acabam virando de fato as antagonistas. Eu só li os dois primeiros livros da coleção que deu origem à série, mas a sensação que dá é que vão seguir os passos de True Blood e meio que usar as obras apenas como inspiração, não se comprometendo a ser exatamente fiéis.

Algumas personagens foram “mescladas” (Meredith e Boonie), outras nem existiam ou tinham um papel muito pequeno ganharam mais espaço, alguns elementos da narrativa (o diário de Elena sendo exposto na festa dos fundadores) foram substituídos por outros (o mecanismo de Gilbert para expor os vampiros), etc. Mas não acho nenhuma mudança necessariamente ruim (nem vou ler os outros livros para saber o que mais foi alterado, hehe).

E acaba que no final fica aquele ganchinho batuta que te deixa curioso ao ponto de continuar assistindo na próxima temporada. Resumindo, se nesse período de “férias” de suas séries favoritas você anda meio sem opção, dá para se distrair com The Vampire Diaries caso você consiga vencer a barreira dos primeiros episódios. Não é a melhor coisa do mundo, mas acho que no final das contas eles nem se propõe a isso, é meio que só passatempo mesmo.

Um comentário em “The Vampire Diaries (Primeira Temporada)”

  1. Eu achei engraçado porque sempre tem histórias de atores que encarnam os personagens de tal maneira que passam a agir como eles o tempo todo. Ian Sommerhalder era o Boone, do Lost, mas sua participação no episódio final do Lost ficou muito engraçada porque não é o Boone ali, mas o vampiro. Vi uma entrevista dele falando que adora o personagem, pelo visto é verdade.
    Quanto a série, realmente, da metade pra frente melhorou muito. Pra mim estava mais interessante que Supernatural. Vamos ver como continua né.

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