Mr. Darcy, Vampyre (Amanda Grange)

Algumas personagens conquistam os leitores de tal maneira que parece que um romance só não basta. A pessoa quer saber o que aconteceu antes e o que veio depois, quer mais daquela figura que tanto a encantou. É o caso de Mr. Darcy, acredito eu. O “herói” de Orgulho e Preconceito (de Jane Austen) arranca suspiros do público feminino até os dias de hoje e mais do que isso, gerou um filão de obras que tentam descrever o que aconteceu depois (caso não acredite, dá uma consultada em “Mr. Darcy” na amazon.uk para conferir). “Obras” é meio que elogioso, no final das contas acho que não é muito diferente de qualquer fanfic (a não ser pelo fato de que vem impresso, há!).

É o caso de Mr. Darcy, Vampyre, de Amanda Grange (escritora dita como especialista em Jane Austen). Ok, vamos então primeiro ao contexto que é sempre importante para entender a opinião do leitor sobre o livro comentado. Eu tinha lido esse ano Pride and Prejudice and Zombies do Seth Grahame-Smith. Quando comprei sabia que tratava-se de uma paródia, e que portanto a ideia era rir (e se divertir, é óbvio). Mas não foi bem o que aconteceu, achei o livro bem chatinho e com poucos momentos que realmente tinham graça.Aí estava fazendo uma comprinha feliz na amazon.uk (eu juro que não recebo comissão para falar isso, hehe) e vi o tal do Mr. Darcy, Vampyre. Pensei com meus botões que seria um livro de humor nos mesmos moldes do Pride and Prejudice and Zombies, mas como eu estava em um estado de humor alterado (hum), decidi comprar para conferir.

O fato é que Mr. Darcy, Vampyre NÃO É um livro de humor (embora a ideia toda dê vontade de rir). É tipo uma fanfic, narrando uma linha temporal alternativa que começa no dia do casamento de Darcy e Elizabeth, que passa a ser rejeitada pelo marido sem saber por quê. Pelo título o leitor já sabe a razão pela qual Darcy passa a rejeitar Lizzy, mas a menina não sabe e aí toda a narrativa gira em torno disso.

O legal é perceber as dicas que a própria Elizabeth não percebe (cicatriz no pescoço, morceguinho voando perto da janela, etc.). E já que Crepúsculo é meio que o fator de comparação atual, vale a pena saber que Darcy não brilha na luz do sol e tem presas. Hum, ele fica translúcido durante o amanhecer o poer do sol, mas fora isso ok.

O que me surpreendeu é que eu fiquei tão curiosa para saber quando e como a Lizzy saberia que Darcy era um vampiro (e mesmo como reagiria a isso) que acabei devorando o livro em dois dias – e no final das contas a obra cumpre a função de entreter. Ok, ok. Algumas coisas na trama são extremamente forçadas e até incomodam um pouco, mas fala sério: Mr. Darcy. Vampiro. Você esperava exatamente o quê?

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