Laid to Rest

laid_to_rest_poster(ou: O que há com você, Dona Indústriadosfilmesdeterror?)

Ok, não é novidade que a indústria cinematográfica como um todo adora seguir ‘ondas’, ‘modinhas’ e afins. Ninguém é doido de nadar contra a maré com tanto dinheiro em jogo, certo? Pois então, talvez seja justamente esse o problema. Eu ainda acho que não é à toa que filmes ditos “independentes” como Juno e Pequena Miss Sunshine estão ganhando cada vez mais público. É um sintoma de que o nós estamos simplesmente de saco cheio de continuações, remakes e filmes que obviamente seguem uma receita de bolo.

O que assusta sobre isso é que mesmo os filmes de terror, que teoricamente são em sua grande maioria independentes e extremamente experimentais, estão entrando nessa onda covarde. Eu já comentei sobre isso anteriormente: começou com os diversos remakes. Agora vamos para a receitinha de bolo, com filmes como Laid to Rest.

Em 2004 chegou aos cinemas Jogos Mortais. É um filme muito bom, com um final de deixar com queixo caído. A proposta não era exatamente inovadora, porque em 1997 já tínhamos O Cubo, com toda aquela ideia de gente que tem que fugir da armadilha sádica criada por alguém (btw, esse é muito bom também!). A questão é: tirando o fato de que esses dois filmes também ganharam continuações (algumas absurdamente ruins, diga-se de passagem), eles também renderam a nova fórmula do assassino com um plano.

Em Laid to Rest o plano é torturar e filmar as vítimas. Nada é muito explicado, só se sabe que ele provavelmente é patrocinado pelas facas Ginsu, considerando os estragos que ele é capaz de fazer. E aí o que prende sua atenção é a história da mocinha, que acorda trancada num caixão sem qualquer memória sobre quem ela é ou como ela foi parar lá.

Fora isso, o filme todo é só uma desculpa para mostrar tripas e sangue (cortesia das facas Ginsu do tal do “Chrome Skull”). Até o confronto final da mocinha com o vilão é tremendamente anticlimático. Especialmente porque

SPOILER: clique aqui para ler
no final você descobre que bem, a menina é uma prostituta zé ninguém, sem nome nem lar. Hum.

Nada contra slashers, eu curto. Mas às vezes trabalhar bem o enredo e o desenvolvimento da tensão (e oi, não copiar o que já foi feito antes) faz toda a diferença. É o que separa um Jogos Mortais de um Laid to Rest, por exemplo.  Mas, se apesar do que eu comentei aqui você ficou curioso, tem aí o trailer (que é basicamente o filme todo hehe):

3 comentários em “Laid to Rest”

  1. Ultimamente, em termos de filmes de terror, ninguém tem superado os franceses. Esses dias eu e a dani assistimos Martyrs e é totalmente sick.

    A propósito, tu já viu o Cubo original (1968)? É uma comédia de humor negro excelente!

  2. po… o JOGOS MORTAIS foi um filme beeem acima da media, não só com sustos, mas com um clima fudido de desespero e tensão…. pena que se transformou numa franquia que serve apenas para mostrar mortes bizarras…

    quanto ao LAID TO REST… acho que vale pela curiosidade morbida!

  3. poisé, como eu disse, eu gosto de jogos mortais (embora tenha achado as continuações bem ruins). mas o q me irrita é que a partir de jogos mortais começaram a fazer um monte de filme do mesmo tipo, com o assassino montando mil esquemas para matar a vítima qdo wtf, é bem mais fácil só usar a faca ginsu e buenas. aliás, se o assassino de laid to rest só usasse a faca ginsu, a mocinha não teria fugido no começo do filme. e nem teríamos o filme, o que de certa forma é até bom :g:

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