O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (I)

Seguindo a sugestão do Luis e do V lá d’O Discreto Blog da Burguesia (um dos melhores títulos de blog de todos os tempos), resolvi fazer minha própria lista de melhores filmes de 1981 até recentemente. A tarefa não é das mais fáceis, até porque por mais que meu teste de demência tenha dado negativo, ainda assim minha memória não é das melhores. Além disso, eu não sou cinéfila como eles, então tem um monte de filme para ver. E ainda tive que definir o papel do fator nostalgia na lista (e aviso desde já que foi zero. Outro dia faço uma lista cheia de Curtindo A Vida Adoidado e Os Fantasmas se Divertem, prometo).

De qualquer forma, está aí a primeira parte. De 1981 até 1989. Já deixo como registro que preciso urgentemente assistir mais filmes dos anos 80. Não os da Sessão da Tarde, até porque tive uma infância bem desocupada e feliz, obrigada. Outra coisa: datas de lançamento de acordo com o IMDb. Ok, vamos à lista.

1981: Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London)

Dirigido por John Landis (de Os Irmãos Cara de Pau), o filme é referência até hoje para histórias de lobisomem. Também foi um dos primeiros a misturar o terror com o humor e ei, tem uma trilha sonora muito batuta. Trailerzinho para quem não lembra.

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1982: Blade Runner, O Caçador de Andróides (Blade Runner)

É um dos meus favoritos dos anos 80 e possivelmente um dos favoritos de todos os tempos. Dirigido por Ridley Scott e baseado em um romance de Philip K. Dick (que eu ainda lerei ¬¬’), tem uma das melhores personagens de todos os tempos: o replicante Roy Batty. “If only you could see what I’ve seen with your eyes!”. Trailer aqui.

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1983: Star Wars IV: O Retorno de Jedi (Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi)

Ok, George Lucas e Ewoks soa como se eu tivesse levado nostalgia em conta, mas a questão é: a) eu não vi muitos filmes de 1983 e b) O Retorno de Jedi *é*  um filme foda. Assistindo ao trailer eu lembrei de vários momentos que são clássicos, desde a princesa Léia de biquíni até o duelo final do Luke e o Vader. Então, 1983 com Star Wars sim, blé. Trailer antigão.

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1984: Amadeus (Amadeus)

Talvez um dos grandes acertos seja o fato de o roteiro de Peter Shaffer focar principalmente no suposto rival de Mozart, o Salieri. O misto de inveja e admiração ao descrever o músico fazem de Mozart uma das personagens mais cativantes de todos os tempos. E a produção em si é linda, os cenários, as reproduções dos trabalhos de Mozart… É um dos poucos filmes que eu consigo assistir várias vezes, hehe. Trailer básico da época do lançamento da versão do diretor.

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1985: Ran (Ran)

É a “adaptação”, “leitura” ou whatever mais bacana que já vi de qualquer obra do Shakespeare e o mais legal: a que menos parece presa à purismos típicos. A história de Rei Lear é recontada em um espaço diferente (Japão) com personagens diferentes (ao invés de filhas são filhos, por exemplo), mas em nada deixa a desejar. E vai além, com imagens de encher os olhos como as batalhas. Caso não lembre (heim?) tem trailer aqui.

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1986: A Morte Pede Carona (The Hitcher)

Eu estava para colocar Veludo Azul quando lembrei desse. Sim, eu gosto muito de David Lynch, mas The Hitcher é foda. Tipo montanha russa, você acha que o mocinho está seguro e aí, pãns! Dedo nas batatas fritas! Ewwwww!! Chegaram a fazer um remake, que também é legal, mas nada bate o original. Trailer para refrescar sua memória.

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1987: Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin)

Esse filme é um absurdo de bom. Com momentos daqueles que você fica pirando depois que assiste, tipo o poeta na biblioteca, ou o sujeito que fala com o anjo sobre o prazer de fumar um cigarro enquanto toma um café. Faça um favor para você e esqueça de Cidade dos Anjos e assista esse. E eu si que já falei de favoritismo antes, mas Der Himmel… está, com toda certeza, no meu top10 de todos os tempos. Trailer para você aqui.

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1988: Ligações Perigosas (Dangerous Liaisons)

Baseado em um romance do francês Chordelos de Laclos (vale a pena ler, é tão bom quanto o filme!), ainda acho que o ponto alto do filme é o John Malkovich como Valmont. Saíram outras versões da mesma história (inclundo uma “teen” com Ryan Phillippe como Valmont), mas nenhuma teve um ator que conseguisse fazer do Valmont o filhodaputa encantador que Malkovich fez. Tem trailer aqui.

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1989: Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society)

Eu sou professora e adoro literatura, como é que não poderia citar esse filme? Verdade seja dita, até hoje não curto muito o Robin Williams, mas nesse filme tive que dar o braço a torcer. Até por causa de momentos como o “Oh Capitão, meu Capitão” que qualquer criatura que tenha assistido ao filme lembra até hoje. E com o trailer do filme eu fecho aqui a primeira parte do listão. Gente, tô véia, tive que dividir em três partes O_o

8 comentários em “O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (I)”

  1. Muito legal essa idéia, bem pensada e criativa. Talvez eu a aproveite, mas vou esperar um tempo, pra não lhe atrapalhar, hehe
    Desses filmes que você citou nessa primeira parte eu não assisti apenas o de 1987, creio eu. Dos que eu assisti o que mais gosto é o “Ran” do Kurosawa, uma obra muito forte e emocionante, como praticamente todos os filmes dele. Também gosto muito do “Sociedade dos Poetas Mortos”, Robin Williams está ótimo, e o filme tem cenas muito tocantes.
    Até mais 😉

  2. Ana, obrigado por elogiar o título do blog, fui eu que sugeri ele. :g: (Btw, um cara de um blog da editora Abril que linkou o nosso post do “odeio literatura” fez um comentário do tipo “que nominho, hein?” – acho que ele não deve estar muito familiarizado com a obra do Buñuel. Ou com ironia.)

    Enfim, aparentemente a sua lista ocupa o espaço no espectro da “nostalgia pop” entre a nossa e a do Vida Ordinária, a deles ficando no extremo “Sessão da Tarde” e a nossa ficando no extremo “Cinefilia Pedante”.

    P.S.: O meu teste de demência deu negativo também. Bom saber que por enquanto eu só tenho que me preocupar com o distúrbio bipolar.

  3. Alexandre Esposito – Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior. Mas trago na cabeça uma canção do rádio em que um antigo compositor baiano me dizia "tudo é divino, tudo é maravilhoso".
    Alexandre Esposito disse:

    V, se vc acha a nossa mto sessão da tarde, prepare-se, as últimas partes tem uns absurdos que me deixaram até constrangido.

  4. Oi Ana
    Passeando por aí, procurando algo de Robert Frost, acabei parando aqui…Adorei seu blog… inteligente, divertido e super antenado com tudo de bom que a sociedade conseguiu produzir ao longo dos tempos.
    Foi um prazer passar esta manhã contigo!
    Abraço,
    Silvana

  5. Pois é Ana,ficou muito boa a sua lista.Aguardo as outras partes.
    Este Asas do Desejo é um daqueles filmes que sempre estão na minha lista,mas nunca consigo ver.Depois do seu comentário,vou tentar corrigir isto.

    Pegando carona no seu post,aproveito para colocar os meus preferidos desde que vim ao mundo:

    1977:Annie Hall(Woody Allen)
    1978:O Franco Atirador(Michael Cimino)
    1979:Apocalipse Now(Coppola)
    1980:O Touro Indomável(Scorsese)
    1981:Os Caçadores da Arca Perdida:(Spielberg)
    1982:Blade Runner(Ridley Scott)
    1983:Scarface(De Palma)
    1984:Top Secret!(Zucker/Abrahams/Zucker)
    1985:Depois de Horas(Scorsese)
    1986:A Mosca(Cronenberg)
    1987:Coração Satânico(Alan Parker)
    1988:Não Matarás(Kieslowski)
    1989:Faça a Coisa Certa(Spike Lee)

    (Depois coloco os outros anos)

    Uma pena que o pessoal lá do Discreto Blog da Burguesia anda com preguiça nas duas últimas semanas.Os textos deles,assim como os daqui,são sempre ótimos.

  6. Muito bacana sua lista, Phantom. Especialmente pelo Coração Satânico. Se eu não amasse de paixão Der Himmel…, com certeza ele estaria na minha lista.

    E Silvana, obrigada pelo elogio :grinlove:

  7. oi

    Poxa, um lobisomem americano em londres e Blade Runner?!

    nossa o lobisomem junto com bla de prata são meus filmes de lobisomem preferidos. Nenhum outro chegou aos pés.

    Quanto a Blade Runner. O que dizer.

    abs

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