Porque livros serão sempre melhores que filmes

Ontem a Débora perguntou onde poderia alugar o filme Lavoura Arcaica, e acabei comentando sobre o livro do Raduan Nassar (que em algum momento do curso de Letras eu deveria ter lido e não li, não que eu me orgulhe disso). Aí ficou a velha indagação no ar: se você não conhece nem o filme, nem o livro, qual deve conferir antes?

Quase todo mundo que conheço (salvo aqueles que sofrem de preguicite aguda) acabam respondendo “O livro, é claro!”. E eu poderia explicar a razão disso citando a Iser, Sartre, Jauss, Candido, Eco e todo mundo que já discutiu em algum momento como funciona a relação obra-leitor, mas prefiro ilustrar com um exemplo que veio em mente ontem.

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Tropa de Elite (e o fazer o certo)

tropadeelite.jpgOk, eu finalmente faço parte do grupo daqueles que assistiram ao filme Tropa de Elite. Eu sinceramente estava até com um pé atrás para ver o filme, porque achava que acabaria me decepcionando. Mas vi e não me decepcionei, é realmente muito bom. E dói ter que concordar, mas é bom principalmente pela razão que a Veja estampa na capa daquela edição que comentei dias atrás: bandido é tratado como bandido.

O que acontece é que mesmo um cara truculento como o Capitão Nascimento, que diante qualquer pessoa de “consciência social” pensaria tratar-se de um verdadeiro vilão, vira então um herói. Herói porque acredita basicamente em fazer o certo.

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Manja carinha querendo se enturmar?

Ele chega na rodinha, todo mundo falando do assunto do momento e ele totalmente de fora. Aí ele dá umas risadinhas, concorda com tudo sem nem saber o que é tudo e finalmente dá uma cotoveladinha amigável no cara ao lado e diz:  Ei, ei. Sou o Sargento Rocha!

É, porque eu não vi ainda. Continuo achando que sou a única que não viu ainda. Mas ei, ei, eu sou o Sargento Rocha. ¬¬’ Quer fazer o teste? Então vá lá no Exame de Elite. Eu fico aqui, me iludindo com a idéia de que pelo menos não manipulei o teste. É.

Trailer novo de I am Legend

Não dá para dizer que é “fresquinho” porque utiliza um monte de imagens do outro trailer lançado, mas enfim, aí está.

Assistindo você não pode dizer “Que grande porcaria”, embora eu pessoalmente esteja bastante incomodada com a constância com a qual o cachorro aparece. Até porque a minha parte favorita [SPOILER: Selecione o texto para ler]era justamente o momento em que o cachorro aparece, e toda a solidão que ele sentia fica trilhões de vezes evidenciada por causa do apego imediato ao bicho. [FIM DO SPOILER]. Mas enfim, vamos ver, vamos ver. De repente não sai algo tããão ruim assim.

Não sabe do que estou falando? Então leia um post antigo meu sobre Eu sou a Lenda.

Já que o Halloween está chegando…

Esse negócio de lista de filmes ou cenas mais assustadoras do cinema é algo bastante comum. O bacana é que hoje em dia, com o youtube à disposição da colega dona de casa, a brincadeira ficou ainda mais divertida. Dúvida? Dá uma conferida na lista das 13 cenas mais assustadoras segundo o London Times. Em tempo: cenas assustadoras não equivale a melhores filmes de horror, especialmente no caso desta lista.

A minha lista favorita (100 cenas mais assustadoras segundo o retrocrush) também ficou mais turbinada, digamos assim, com a adição das cenas em questão. Aliás, a lista foi atualizada (agora Cidade dos Sonhos está em primeiro). No caso dessa lista, cena assustadora QUASE equivale à filme de horror.

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Meia palavra nem sempre basta

Então, na Veja dessa semana que está no fim (blé, é a do Tropa “Filme que aparentemente só eu ainda não vi” de Elite na capa) tem lá uma nota (até porque um texto de dois parágrafos não pode ser considerado um artigo, acho) sobre a vencedora do Nobel de Literatura, a Doris Lessing.

Doris Quem? Poisé, eu também fiz a mesma pergunta quando vi o nome. Bom, aí o Tiago me lembrou que ela está lá na lista do Harold Bloom em O Cânone Ocidental, né? Então, você não acharia meio incoerente se lesse na “nota” a seguinte frase:

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Neurocirurgiões, otorrino e analista de sistemas

– Hoje tinha dois caras no elevador e eu estava segurando um Sandman que eu tinha levado para o trabalho, né? Aí um disse “É difícil achar menina que goste de HQ, ainda mais de Sandman!”

– Quem são esses?

– Um era do nono e o outro era do décimo segundo andar. Um estava todo vestido de branco, acho que era médico. Hoje no caminho vi um otorrino na frente daquele insitituto de otorrino, ele era tão bonitinho.

– Cuidado que você está meio bebinha e vai começar a me ofender.

– Nããão, é que tipo, eu fiquei pensando “Quem é que casa com otorrino?”. Eu não conheço nenhum otorrino, só conheço um neurocirurgião.

– Olha…

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It’s always sunny in Philadelphia

Então, continuando a saga televisiva (quem vê pensa que estou com tempo e falta do que fazer vazando pelos ladrões…), conferimos o primeiro episódio do primeiro ano de “It’s always sunny in Philadelphia“, comédia que está sendo bastante comentada por aí e que no segundo ano tem o Dany DeVito no elenco.

O que dizer? Aparentemente é como se a rapaziada do South Park virasse dona de bar. Humor negro e sem noção e situações ultrapassando longe as bordas do politicamente correto. E ei, isso é muito legal! 😀

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Interartes

Fica a dica para o pessoal de Curitiba: durante esta semana, de quinta até sábado, acontecerá no Celin o I Seminário de Estudos Interartes da UFPR. Tem bastante gente bacana envolvida (como a Luci Collin :love: ) e a idéia em si também é muito legal (basicamente um “vamos deixar de lado esse negócio que escritor só escreve, músico só compõe etc.”).

O programa completo você pode baixar clicando aqui. Um dos “must” desse seminário é a palestra do professor Fabiano Dalabonna (Gastronomia e Literatura). Assisti há uns anos atrás e é realmente apaixonante. Outro destaque, modéstia à parte, serei eu, apresentando meu singelo banner sobre as representações de A Máscara da Morte Rubra do Poe. Para quem quiser aparecer, não deixem de fazer as inscrições no Celin (R.XV de Novembro,1441).