O Longo Adeus (Raymond Chandler)

Feche os olhos e pense em um detetive particular dos filmes e livros noir. Pensou? Provavelmente o que veio na sua mente foi aquele sujeito meio cínico, de atitudes violentas quando necessárias, senso de humor corrosivo e cujo visual assemelha-se muito com Humphrey Bogart usando chapéu e capote, e sempre com um cigarro por perto, como dá para ver nessa imagem aqui:

Isso não acontece à toa. Muito do que se lê/vê de noir teve fortíssima influência de Raymond Chandler (1888-1959), que nos tempos do pós-Guerra e pós-Depressão escreveu várias histórias com uma personagem que viraria modelo de detetive particular, Philip Marlowe. E é lendo obras como O longo adeus (publicada originalmente em 1954) que dá para ter uma ideia de porque a personagem ficou tão famosa e, mais do que isso, porque é tão imitada.

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Mortalha para uma enfermeira (P.D. James)

P.D. James escreveu o livro do qual foi adaptado o excelente filme Filhos da Esperança. É membro da câmara dos Lordes britânica, tem um título de baronato, já recebeu a Ordem do Império Britânico e é membro da Royal Society of Literature. E agora o mais divertido: P.D. James é uma simpática senhora na casa dos 90 anos de idade, bastante conhecida por seus livros que apresentam histórias com o policial Adam Dalgliesh.

Para quem ainda não conhece a obra de P.D. James, uma boa porta de entrada é Mortalha para uma enfermeira (publicado originalmente em 1971 e ganhando tradução agora pela Companhia das Letras). Nesta história Adam Dalgliesh vai até um casarão vitoriano que funciona como escola de enfermagem e hospital para investigar a morte de duas enfermeiras, descobrindo aos poucos os segredos sobre as vidas das pessoas que trabalham e vivem na dita mansão Nightingale.

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