Paciente 67 (Dennis Lehane)

Lançado lá fora como Shutter Island, aqui no Brasil o livro de Dennis Lehane chegou pela Companhia das Letras em 2005 com o título Paciente 67, e depois da adaptação para o cinema ganhou novo título, Ilha do Medo (seguindo o nome do longa com Leonardo DiCaprio). Lembro que quando o filme saiu em 2010 fiquei bastante curiosa por conta dos inúmeros elogios, mas acabou que a oportunidade de ler o livro no qual ele foi adaptado veio antes, e talvez isso tenha sido melhor. Não que o roteiro se sustente apenas nas surpresas e mistérios que vão se apresentando ao longo da história, mas é sem dúvida um dos aspectos chave da trama, o que prende a atenção do início ao fim.

Se você já ouviu falar no gênero “Thriller”, acredito que não estou exagerando ao dizer que este foi um dos melhores que li em muito tempo (e sim, eu tenho uma queda por esse tipo de história). Lehane desenvolve uma trama que dá sentido a frases como “narrativa eletrizante” que tanto atribuem ao gênero mas que os títulos nem sempre entregam ao leitor. É suspense do começo ao fim, e suspense de qualidade, com um enredo complexo, tenso e muito bem amarrado.A história de Paciente 67 situa-se em 1954, quando o detetive Teddy Daniels encontra no ferryboat o detetive Chuck Aule, que será seu companheiro de missão. Eles devem ir para a Shutter Island, conhecida por abrigar um hospício para criminosos do qual uma paciente fugira na noite anterior, sem deixar qualquer rastro ou pista de como o fizera. Chegando na ilha, aos poucos a história de Teddy nos é revelada, e também aos poucos vamos conhecendo melhor o sanatório – e junto dos detetives passamos a desconfiar do que de fato é realizado ali.

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