O Lobo Voltou! (Geoffroy de Pennart)

Considerando os livros infantis, é muito engraçado como algumas vezes o texto parece ser simplesmente perfeito para que a história seja lida por um adulto para uma criança. É o caso de O Lobo Voltou! do francês Geoffroy de Pennart. O conto que reúne diversas personagens bastante conhecidas do imaginário infantil (como Chapeuzinho Vermelho ou os Três Porquinhos) fala da volta do temido Lobo, aquele mesmo, o maior vilão de todos os contos de fada.

O divertido é que talvez pelo ritmo da história, somado ao negrito da frase que se repete constantemente O LOBO VOLTOU!, o livro parece que pede para ser lido em voz alta, até para ajudar na construção dessa atmosfera de suspense ao redor do retorno do Lobo. E certamente uma leitura que poderá agradar muito ao pequeno que a escuta, por causa do tom de humor que toma conta do livro.

Outra diversão garantida são as ilustrações de Pennard, engraçadíssimas. Quanto mais cheia a casa do Coelho fica, mais detalhes existem para ser encontrados pelas crianças, como o que estão fazendo os cabritinhos ou os porquinhos. É inclusive uma boa proposta se direcionar o livro para um público que ainda não sabe ler: deixar que se divirtam olhando as ilustrações, perguntar coisas sobre elas de modo a aguçar a criatividade da criança (que elabora uma história dentro da cabeça para se adequar às imagens que vê), além é claro de entreter.

O Lobo Voltou! é recomendado para crianças de 2 a 8 anos de idade, embora acredite que deva agradar especialmente aos mais novos e aos que já estão um pouco familiarizados com o universo dos contos de fadas. Mas é evidente, até pelo modo como a história é conduzida, ela tem tudo para chamar a atenção das crianças, já que o elemento principal é o suspense.

Para quem gosta de ler histórias para crianças, e mesmo para quem está começando, este é um bom livro para se ter em mãos. Se lidas em voz alta, as palavras em O Lobo Voltou! parecem realmente perfeitas para a brincadeira que o texto e a arte de Pennart sugerem. É diversão não só para quem ouve o conto, mas também para quem o lê.

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