A vida e a morte de Peter Sellers

Em outubro de 2005 eu assisti ao filme Muito Além do Jardim, que passou a fazer parte dos meus favoritos pela leveza com a qual contava a história do jardineiro Chance (interpretado maravilhosamente bem por Peter Sellers). O filme de certa forma serviu de empurrãozinho para eu alugar A vida e a morte de Peter Sellers, cinebiografia do ator, que não chega a ser um dos melhores filmes de todos os tempos mas vale a pena conferir – especialmente se você conhece os papéis interpretados por ele.

Está tudo lá: A pantera cor-de-rosa, Dr. Strangelove, Casino Royale… e claro, Muito Além do Jardim. O bacana é que ao concluírem a história mostrando o trabalho de Sellers como Chance, o roteiro relaciona personagem com autor a fim de justificar a vida que Sellers levou (o que não foi bolinho: aparentemente era perfeccionista ao extremo, o que rendeu bastante dificuldade).

Mas um dos grandes destaques do filme é a atuação do Geoffrey Rush (o Barbossa do Piratas do Caribe, para quem não lembra ¬¬’). Além de encarnar magistralmente o Sellers *e* as personagens de Sellers (o momento no qual ele está caracterizado de Dr. Strangelove conversando com a mãe é impagável), mas também porque interpreta também pessoas importantes na vida do Sellers, desde a primeira esposa (Anne Sellers) até o diretor Stanley Kubrick. Ficou bem legal mesmo.

Outro ponto bacana: a trilha sonora. Acompanha toda a carreira de Sellers, então tem ali músicas dos anos 50 até o final dos anos 70 (incluindo uma cena meio esquisita com Space Oddity do David Bowie. A lista completa das músicas você pode conferir no IMDb. Enfim, vale a pena assistir. Na verdade, é um daqueles casos de filme feito para a tv que comprovam que para tal não precisam necessariamente serem toscos (aliás, papou um monte de Emmy e até dos Globos de Ouro).

5 comentários em “A vida e a morte de Peter Sellers”

  1. Alexandre Esposito – Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior. Mas trago na cabeça uma canção do rádio em que um antigo compositor baiano me dizia "tudo é divino, tudo é maravilhoso".
    Alexandre Esposito disse:

    Eu ainda não vi. Nada difícil de remediar, uma vez que passa o tempo todo na HBO e que o DVD custa 9,90.

  2. Tem uma hora que ele interpreta o Kubrick, sim. O ator oficial é o Stanley Tucci, mas no final da seqüência dentro do carro o Kubrick passa a ser interpretado pelo Rush (na verdade, há cenas semelhantes com o pai do Peter Sellers, a mãe, a primeira esposa e o Blake Edwards)

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