Dramalhão oriental

geishaSabe aquele filme que tecnicamente é perfeito, todos os elementos trabalham de forma coesa para criar um efeito maravilhoso mas aí quando vamos ao enredo… nada. Memórias de Uma Gueixa é examente assim: bonitinho, mas ordinário. Repleto de momentos esteticamente lindos, mas oco.

A história de Chiyo, desde o momento que foi vendida ainda criança e de como tornou-se uma gueixa tinha absolutamente tudo para fugir do dramalhão convencional, mas acaba caindo na armadilha do “garota judiada que dá a volta por cima em nome do amor”. Soa à novela mexicana? Bom, para mim soou. Faltou apenas aparecer uma gêmea malvada da protagonista, e personagens com mais de dois nomes.

O que não deixa de ser uma pena, porque como disse, visualmente o filme é lindo. Há um trabalho com as luzes e o som que é realmente fantástico, isso para não falar dos cenários, maquiagem e o figurino. O tipo de filme que tinha tudo para ser nota 10, mas acabou ficando em um 6 ou 7 e olha lá.

Por outro lado…

Assisti também O Nome da Rosa, filme de 1986 e baseado na obra de Umberto Eco, que já tinha assistido antes, mas do qual não lembrava coisa alguma. Para quem gosta de histórias policiais ao estilo “Sherlock Holmes” e tem uma queda por História Medieval como eu tenho, esse filme é uma jóia.

Sean “everybody knows where de booze is” Connery interpreta o monge William Baskerville, cujos raciocínios para desvendar os mistérios envolvendo crimes dentro de um mosteiro lembram tanto os de Holmes que é impossível pensar que esse “Baskerville” está aí por acaso. Por isso a questão de que esse filme consegue fisgar sem dificuldades os fãs do detetive criado por Doyle.

Mas não é só o enredo que atrai: é ver os labirintos criados dentro do mosteiro para entender o que estou falando. No mais, uma bela história de como o fanatismo religioso pode cegar (às vezes literalmente, he he…)

12 comentários em “Dramalhão oriental”

  1. Eu assisti o filme há muitos anos, achei bem bacaninha a adaptação do livro do Umberto. Vale a penas assistir mesmo, é pura diversão “sessão da tarde”, mas é legal.

    Sim, esse ser ifeliz est´[a trabalhando em pleno Carnaval… Oh, Crap! :doh:

  2. Memórias: não se do que você está reclamando. Memória é exatamente um retrato da humanidade: lindinha por fora, oca por dentro. Igual a uma maça transgênica que se tomar vento, morre. Putos.

    O Nome: eu assiti na escola, faz tempo. O único motivo pelo que eu lembro dele é que todo mundo da sala riu quando o mogezinho comeu a mulherzinha lá. Eu me senti parcularmente espantado pelo fato de a trepada não ter acontecido entre ele e o tal de Baskerville.

    MAS o Sean é o melhor ator desse mundo.

  3. Que chique que tá teu blog. 😮

    Mas olha só… eu tava dando uma olhada por cima na página principal… e meio faisca atrasada, mas Joel Grey venceu o Oscar deveras merecidamente em 1973 por Cabaret. Não que eu não goste do Pacino, Duvall e cia… mas ele e a Minelli fazem um par e tanto. Não chega a ser uma injustiça assim: “ó”. hehe

  4. newspaper editor on 27 Fevereiro, 2006 at 6:49 pm said:

    Memórias: não se do que você está reclamando. Memória é exatamente um retrato da humanidade: lindinha por fora, oca por dentro. Igual a uma maça transgênica que se tomar vento, morre. Putos.

    O Nome: eu assiti na escola, faz tempo. O único motivo pelo que eu lembro dele é que todo mundo da sala riu quando o mogezinho comeu a mulherzinha lá. Eu me senti parcularmente espantado pelo fato de a trepada não ter acontecido entre ele e o tal de Baskerville.

    MAS o Sean é o melhor ator desse mundo.

    Caraca, eu morri de rir com o que você falou d’O Nome da Rosa. Na verdade eu achava que a coisa tendia mais para o abade que fez uns carinhos no moleque do que para o Baskerville hehe. E sim, o Sean é foda. Preciso ver “Os Intocáveis” de novo, aliás.

    Rodrigo on 27 Fevereiro, 2006 at 8:44 pm said:

    Que chique que tá teu blog. 😮

    Mas olha só… eu tava dando uma olhada por cima na página principal… e meio faisca atrasada, mas Joel Grey venceu o Oscar deveras merecidamente em 1973 por Cabaret. Não que eu não goste do Pacino, Duvall e cia… mas ele e a Minelli fazem um par e tanto. Não chega a ser uma injustiça assim: “ó”. hehe

    Sem vergonha, faz tempo que não aparece, né? :dente:
    O que eu acho injusto é que era para o primeiro Michael que o Al Pacino merecia o Oscar. Ele fez de forma perfeita a transformação do “piá de bosta” para o “Don”. Coisa que não era o roteiro que dizia, mas a atuação. Foda, rola uma lágrima só de lembrar (heheheheh)

    Lu on 2 Março, 2006 at 10:19 am said:

    A maior sacanagem é colocar excelentes atrizes chinesas fazendo papel de japonesas….arghhhhhhhhhhhhh

    Diz que deu a maior encrenca por causa disso, né? O diretor disse que bem que procurou, mas não achou atriz para interpretar. Eu acho que ele teve preguiça e foi atrás da oriental com nome já feito (a zihjshkw zabdkwbdkje), independente de qual país veio ¬¬’

  5. Pelo trailer o filme tem todo o jeito de ser aquela coisa bem enlatada mesmo, atrizes chinesas falando inglês com sotaque japonês, história de opressão feminina, aqueles planos épicos de montanhas genéricas, etc. Nem visualmente parece ser nada que a gente já não tenha visto em “O Último Samurai” ou algo assim. O Ristow definiu bem, é “Hollywood de quimonos”.

    Minha namorada viu e disse que é “bonito”. Soa como um pesadelo, IMHO.

  6. Sim, o filme acaba abusando de receitas que já deram certo – no sentido estético mesmo. Abusar do vermelho aqui, efeito de luz e sombra acolá… tudo o que já vimos em outros filmes de tom oriental e que, bem, agradou, está lá.

    No final das contas ontem eu estava pensando que se é pra ver uma história de amor oriental, prefiro ver Dolls.

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