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Bom, estava cá pensando com meus botões sobre esse negócio de ‘ex namorado (a)’ e cheguei a conclusão óbvia de que esse assunto é bem complicado. Eu sempre disse que “mantive a amizade com os antigos ex”, mas o fato é que comparado com um relacionamento mais duradouro, acredito que o que veio antes não era exatamente um namoro.

Enfim, é fácil “manter a amizade” quando o envolvimento é superficial, quando a intimidade, a cumplicidade e tantos outros ‘-ades’ não são grandes o suficiente para assombrar o(a) novo(a) namorado(a) ou simplesmente para que, bem, para que você se importe.

Mas como ser amiga de uma pessoa que te beijou, transou com você, fez planos, dividiu uma rotina etc.? Sabe, não tem como não estranhar as situações:

a) Você, o(a) novo(a) namorado(a) e o(a) ex com mais alguns amigos em comum. O(a) ex começa com os “Lembra quando você…”

b) Você, o(a) novo(a) namorado(a) e o(a) ex com mais alguns amigos em comum. Você diz que vai para o Caribe e o(a) ex, na frente do(a) novo(a) namorado(a) diz “É, no verão de 1900 e bolinhas nós quase fomos”

etc.

Carga muito grande de memórias e convívio para administrar. De repente você se vê num rolo no qual tem medo de magoar o(a) novo(a) namorado(a), o(a) ex, o(a) novo(a) namorado(a) do(a) ex… Gente demais. Começo a acreditar em uma certa distância segura.

***


Eh, eh, eh, eh
Oh, oh, oh, oh
Eh, eh, eh, eh

Chove chuva, chove sem parar
Chove chuva, chove sem parar
Chove chuva, chove sem parar
Chove chuva, chove sem parar

***

Antes que eu me esqueça: qual é o plural de ex?!

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Bom, como portadora oficial das novidades das amigas donas de casa, é meu dever informar sobre uma das coisas mais tudibom que a Nestlé lançou até hoje: o Moça Fiesta Prestígio. É meu dever também avisar que trata-se de uma edição limitada, então se eu fosse você corria para o mercado, comprava VÁÁÁÁRIAS latas disso e deixava estocado para vender por um preço absurdo para chocólatras depois que retirassem essa delícia do mercado.

Sério, o negócio é muito bom. Eu não gosto muito do chocolate Prestígio (só gostei daquela edição ‘côco com abacaxi’, hehe), mas esse Moça Fiesta tem algo de… especial. Mó gostoso comer de colherada após um delicioso almoço de domingo. Depois disso, amiga dona de casa, você pode passar o resto da semana a base de água e aipo sem culpa!

***

Tive um sonho tipo filme de terror hoje. Eu chegava em casa e uma menina meio fantasma, zumbi (sei lá) tentava me beijar para passar alguma coisa. Aí eu tinha que resolver um tipo de puzzle para poder queimá-la, mas se não conseguisse resolvê-lo eu cairía em um poço cheio de porcos com cara de cachorro. E então o Michael Caine apareceu para me ajudar e eu consegui queimar a meninafantasmazumbi, que depois eu descobri que era de isopor.

É, bem bizarro. Talvez seja meu inconsciente mandando eu alugar Alfie, sabe-se lá.

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Quatro quartetos (T S Eliot)

O tempo presente e o tempo passado
Estão ambos talvez presentes no tempo futuro,
E o tempo futuro contido no tempo passado.
Se todo o tempo é eternamente presente
Todo o tempo é irredimível.
O que podia ter sido é uma abstracção
Permanecendo possibilidade perpétua
Apenas num mundo de especulação.
O que podia ter sido e o que foi
Tendem para um só fim, que é sempre presente.
Ecoam passos na memória
Ao longo do corredor que não seguimos
Em direcção à porta que nunca abrimos
Para o roseiral. As minhas palavres ecoam
Assim, no teu espirito.
Mas para quê
Perturbar a poeira numa taça de folhas de rosa
Não sei.
Outros ecos
Habitam o jardim. Vamos segui-los?
Depressa, disse a ave, procura-os, procura-os,
Na volta do caminho. Através do primeiro portão,
No nosso primeiro mundo, seguiremos
O chamariz do tordo? No nosso primeiro mundo.
Ali estavam eles, dignos, invisiveis,
Movendo-se sem pressão, sobre as folhas mortas,
No calor do outono, através do ar vibrante,
E a ave chamou, em resposta à
Música não ouvida dissimulada nos arbustos,
E o olhar oculto cruzou o espaço, pois as rosas
Tinham o ar de flores que são olhadas.
Ali estavam como nossos convidados, recebidos e recebendo.
Assim nos movemos com eles, em cerimonioso cortejo,
Ao longo da alameda deserta, no círculo de buxo,
Para espreitar o lago vazio.
Lago seco, cimento seco, contornos castanhos,
E o lago encheu-se com água feita de luz do sol,
E os lótus elevaram-se, devagar, devagar,
A superfície cintilava no coração da luz,
E eles estavam atrás de nós, reflectidos no lago.
Depois uma nuvem passou, e o lago ficou vazio.
Vai, disse a ave, pois as folhas estavam cheias de crianças,
Escondendo-se excitadamente… contendo o riso.
Vai, vai, vai, disse a ave: o género humano
Não pode suportar muita realidade.
O tempo passado e o tempo futuro
O que podia ter sido e o que foi
Tendem para um só fim, que é sempre presente.

(continua…)

Para ler em Inglês: Four Quartets

***

Descobri um trecho desse poema na edição comentada de Alice (com As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho) que comecei a ler nesse último sábado. Comentar sobre o capricho da edição é como chover no molhado, uma vez que o charme da mesma é justamente esse.

Mas sim, é algo que vale os 73 reais (preço no Submarino). Os comentários têm muitas explicações sobre a sociedade britânica vitoriana (não sei se já contei aqui, mas tenho uma paixão enorme por essa época), com detalhes que vão desde gírias usadas na época até o sistema de ensino.

Entretanto, para ler Alice eu resolvi deixar as notas para depois, de modo que não quebrasse o ritmo da narrativa. A história em si é infantil, mas isso não significa que seja inocente e/ou boba. Está carregada de ironias e o humor nonsense que os britânicos dominam tão bem (e eu tanto gosto, he he).

Leitura altamente recomendada, ao menos para aqueles que ainda não perderam o senso de humor.

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Explicando a situação do Puck:

Bom, notamos aqui em casa que ele tinha emagrecido muito rápido, e chamamos um veterinário indicado pela Jô. Ele concluiu que deveria ser um problema de gordura envolvendo o fígado, e receitou um remédio que o Puck deveria tomar durante uma semana.

Como passada uma semana ele não melhorou, liguei para outro veterinário (que já tinha atendido o cachorro da minha irmã), que concluiu que o problema era uma infecção nas vias respiratórias. Receitou um remédio para o gato tomar durante três dias.

Como o Puck não melhorou, liguei novamente para ele, que veio buscá-lo para exames mais aprofundados. Descobriu-se através de um ultrasom que (isso foi o que ele me falou) o Puck tinha uma espécie de massa no intestino e que eles fariam uma operação para removê-la.

Minha irmã chega em casa, começo a contar isso para ela e de como minha mãe já estava fazendo o discurso do “Você sabe que fizemos o possível”. Então minha irmã me conta a verdade: o Puck estava com câncer e o veterinário avisou que se estivesse muito espalhado, eles o sacrificariam.

Comentei isso com o Fábio que acabou ligando para o veterinário para saber exatamente o que estava acontecendo, e no final das contas era isso mesmo: o Puck seria operado por volta de 13:30hrs. Logicamente passei a tarde inteira num stress danado, pensando no que poderia acontecer com o gato.

Enfim, a operação terminou por volta de 17:30hrs. O veterinário disse que foi uma operação bem complicada, que o pós-operatório será ainda mais difícil mas que ele viu ali uma chance do gato sobreviver e não quis sacrificá-lo. Puck ficará na clínica até o final de semana, para que possam acompanhar de perto a recuperação dele.

E é isso. Agradeço de coração as mensagens carinhosas aqui na internet, o apoio e paciência do Fá e o telefonema preocupado da Jô. Acho que no final das contas só quem tem gato compreende os laços que são criados entre humano e felino, e de como dói chegar em casa olhar para o sofá e não ver o bichano estiradão tomando sol.

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Não é que eu vá falar sobre cada coisica que eu beba, mas acho que a nova cerveja da Bohemia merece uma notinha rápida. Eles lançaram recentemente uma edição limitada da tal Bohemia Confraria, uma cerveja do tipo Abadia cuja receita é baseada em registros históricos de mosteiros belgas.

Enfim, tudibom.

O legal é a garrafa, parece meio de cerâmica, tem um efeito bem djóia e… ahn, ok, o legal não é a garrafa, é o líquido que vem dentro dela, he he he. Para quem reclama que não gosta de cerveja por causa do ‘gosto amargo’, a Bohemia Confraria parece ideal: ela tem um sabor levemente adocicado. Sério, diferente de tudo o que eu já bebi. Com sorte um dia começam a produzir stout ou outras diferentes por aqui.

(Nota: não recebi nada para falar sobre essa cerveja)

***

Puck será operado hoje…

… já vai passar a 3º noite num lugar estranho…

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Impressionante. Dando uma bizu nas comunidades do orkut, descobri que eu não sou a única pessoa que teme palhaços. Na verdade, a julgar o número de comunidades que discutem tal medo, deve ter bastante gente com esse medo bizarro.

Por falar em medo bizarro, outro que faz muito sucesso por lá é o “medo do novo Papa” que, convenhamos, até tem razão de ser. Ele tem cara de padre do mal de filme americano de exorcismo. Yeah!

***

Eu sou uma tosca, esqueci de comentar sobre o Perhappiness, mas nem tudo está perdido porque a bagaça começa oficialmente amanhã, he he he. Assim, se vocês ainda não clicaram no link ‘Perhappiness’ CLIQUEM AGORA e vejam que programação batuta terá esse ano.

A professora Célia nos liberou e amanhã cedo assistirei a mesa Paulo Leminski, mesmo porque conta com a participação da Sandra Novaes (que ofertou disciplina sobre o Leminski no semestre passado) e o Marcelo Sandman (que não é branquelo de cabelos pretos arrepiados, mas é um professor de Literatura foda).

Enfim, você querido curitibano que está a vagar sem nada para fazer durante os dias 24 e 27 de agosto, tente dar as caras em pelo menos um dos eventos. Cultura nunca é demais, né?

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Assisti Um Corpo que Cai nesse final de semana. Sabe, Hitchcock é mesmo foda: fazer um filme desse naipe em 1958 é para poucos. Eu ainda estou de queixo caído por causa do final, mas não só por isso: há detalhes em algumas cenas que são realmente fantásticos, como por exemplo o momento que a luz verde do hotel ilumina o perfil da Kim Novak, dando um tom de louro para o cabelo dela trazendo lembrança da personagem Madeleine Elster… ahn, acho melhor eu não falar muito, não quero estragar a surpresa de quem não assistiu ao filme.

Mas os créditos não ficam só para o Hitchcock, James Stewart também está muito bem no papel de Scottie, especialmente mais para o final. São atuações boas, realmente convincentes. E bah, a história é envolvente mesmo! Sério, não é querer entrar num saudosismo louco, mas eu não sei em que ponto exato o cinema norte-americano virou o que virou: filmes para justificar efeitos especiais e joguinhos. Já falei disso antes, quando tinha assistido um dos filmes do Welles, mas a verdade é que não fazem mais diálogos tão legais como antes.

***

Final de semana batuta, com direito a passeio no Cemitério Água Verde e pizza no Alquimia da Pizza com Azel, Kado, Alex e Fábios (o meu e o amigo do Alex). Sabe, o Alquimia foi realmente um achado. A pizza é realmente deliciosa (feita com cuidado, saca?), o atendimento é perfeito e o preço não foi tão absurdo quanto pensamos que seria.

E caraca, ganhamos até caipirinha de morango de cortesia!! Muito bom mesmo. Espero que os meninos também tenham gostado, me diverti bastante.

(Relendo o que escrevi me dou conta de como estou velha e chata: caraca, vou numa pizzaria e fico analisando a pizza e atendimento? O próximo passo é começar a escrever para “O Melhor de Curitiba” da Veja, eca.)

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Acabei de assistir 2001: Uma Odisséia no Espaço (literalmente ‘acabei’, estou vendo pedacinhos desse filme há dias!). Tão logo acabou o filme corri para o computador para mandar um e-mail para meu namorado inteligente perguntando “Que p* de final é aquele?!”

Ok, não vou tirar a vontade de assistir ao filme daqueles que ainda não o viram. Vejam. Eu ainda custo a acreditar que é de 1968, tecnicamente falando é um filme nota 10. O que responde porque o pessoal das teorias de conspiração diz que o homem não pisou na Lua, e que na verdade era tudo um videozinho feito pelo Kubrick, he he he…