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Minha memória é esquisita. Eu consigo lembrar de como fiquei decepcionada quando minha amiguinha Tatiane não entendeu o que eu queria dizer sobre estar de gravata vermelha após subir 10 andares de escada, correndo. Lembro do meu choque quando um coleguinha lambeu uma roupa da minha Barbie. Lembro que roupa eu estava usando no dia que dei meu primeiro beijo, de que perfume eu usava em uma das melhores noites da minha vida e de algumas manias de amigos, como a Sany, que falava tudo no diminutivo, e a Nana, que sempre dava epítetos engraçados para as pessoas como “Tatiane ‘Vamos Entrevistar o Lula'”.

Mas eu não consigo lembrar do meu cpf, o número do telefone e do cep daqui de casa e a data de vencimento dos meus cartões. Legal, né?

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Final de semana com três novos filmes, todos acima da média, pelo menos. E fui eu que escolhi, olha só que milagre!


Sideways: bacaninha, mas não deixa de ser meio insosso. Sabe aquele filme que não tem nada de errado, mas também não tem nada que o torne de fato especial? Então. A coisa toda gira em torno da amizade de dois homens, que viajam pela Califórnia conhecendo os vinhos produzidos na região. Nenhum diálogo excepcional, nenhuma personagem que exigisse uma interpretação brilhante, nem nada. Dá para dizer que é assim, um filme mediano. Se fosse vinho desceria tipo um Almadén, hehe.


Casa de Areia e Névoa: Ben Kingsley está absurdamente fo-da no papel do militar iraniano que tenta reconstruir a vida nos Estados Unidos. O filme tinha tudo para ser um daqueles enfadonhos filmes americanos com tribunal, mas o conflito fica entre as personagens da história mesmo: Kathy teve a casa confiscada pelo município por engano, e no tempo em que tentava recuperá-la, a casa foi leiloada e vendida para Behrani. Vale assistir pela atuação do Kingsley e de Shohreh Aghdashloo como a esposa de Behrani, é realmente de ficar de boca aberta.


Em Busca da Terra do Nunca: boa história, e bem produzida. É um filme bem leve, inocente. E mesmo nos momentos em que a história fica mais amarga, ainda assim é mostrado tudo de forma bem encantadora, como o mundo imaginado por Sir James Matthew Barrie. Johnny Depp como sempre excelente (eu ainda acho que o único filme que ele escolheu mal foi o Medo e Delírio em Las Vegas), Kate Winslet mandando bem também. O visual do filme (tanto a recuperação dos trajes de época quanto os cenários) é lindo, uma pena que não tenha levado o Oscar de Direção de Arte e Costume Design (cruzes, esqueci como fica isso em português!!)

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Ok, eu estou um tanto desequilibrada. Hoje no meio da madrugada eu comecei a rir enquanto sonhava. Lembro do Fá me perguntando porque eu estava rindo, e lembro que eu estava rindo gostoso como eu não ria há muito tempo, mas não lembro mais o motivo do riso. Aí, lá por volta das sete eu acordei chorando, e também não lembro mais a razão. Como disse, um tanto desequilibrada.

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Momento de acidez fofinha:

Ohana means family, family means nobody gets left behind. Or forgotten.

E eu sei que para bom entendedor meia citação fofinha deveria bastar, mas enfim, I’m so fucking disappointed sobre como algumas pessoas agem (e reagem) com relação ao fim do meu namoro com o Leandro e o começo do namoro com o Fábio que achei melhor deixar registrado para futuras referências.

O que me lembra uma outra fala da Lilo: Ok, Stitch. Agora você pode cuspir veneno neles.

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Gee. Acabei de escutar Kelly Key cantando… “Sou a Barbie Girl/Se você quer ser meu namorado/fica ligado, presta atenção/na minha condição/ é diferente, sou muito exigente” e fiquei cá pensando com meus botões, por que não rolou um crime passional seguido de suicídio na época em que ela andava com o Latino. Seria interessante: eles se matavam e conseqüentemente nos poupavam desses absurdos musicais.


(Nem eu agüento me ouvir!)

Se bem que não adianta atirar as pedras no casal como se eles fossem os únicos culpados pelo lixo que anda a música nacional. Sábado passado eu e o Fá estávamos assistindo o top 20 Brasil da MTV, e bem, foi triste a coisa. Entre lixos e mais lixos infelizmente a única coisa interessante é internacional, o System of a Down.

Dos brasileiros um show de mediocridade. Chorão um cara que congelou no tempo com seu Charlie Brown Jr. e poutz gente! O que é aquele ‘Renata’ do Tihuana? A música é uma bosta e o clip consegue ser ainda pior. A sensação que dá é que a música precisa urgentemente de uma chacoalhada. Do jeito que as coisas estão, prefiro continuar ouvindo minhas velharias.


(Vam’lá Caçulinha: O tempo paaassa, o tempo vooooa! E só os Bítos continuam numa bô-aaa!)

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Então, eu vi o Guerra dos Mundos. E descontando o fato de que o Tom Cruise força um pouco a barra na hora de interpretar o ‘papai crianção’, de que o filme é tão tenso que quando acaba você respira aliviado e de que sessão lotada de cinema é um saco (especialmente com umas perengas gralhando logo atrás de você), o filme é bem bom.

Acredito que parte das pessoas que não curtirão o filme será por causa do fim. Eu confesso que achei zilhões de vezes melhor (tragável) do que o de Sinais, por exemplo. E antes que eu me esqueça: a menininha, Dakota Something, pode ser muito bonitinha e tal. Mas taqueuspa, se eu tiver uma filha fresca como ela vai levar cascudo até aprender a virar gente.


(Grandão, né, filha?)

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E é desse modo que me ocuparei no próximo semestre. O engraçado é que na hora da matrícula eu sou uma pessoa super cheia de vontade de levar a sério e tudo mais, mas não dá nem um mês de aula e eu já começo a me perder.

Uma coisa que apareceu de última hora foi o ‘Análise do Discurso’. Estou fazendo por dois motivos:

a) Preciso fechar minha carga de optativas livres
b) Por algum motivo bizarro, eu me dou bem bagarai com Lingüística. Quase pensei em mudar a ênfase do meu bacharelado uma vez.

E agora eu sossego e fico de férias mesmo, sem pensar nisso. Penso no Evangelho Segundo Jesus Cristo que comecei a ler hoje (hehe, finalmente estréio no mundinho do Saramago!) e n’A Guerra dos Mundos que vou assistir com o Fá daqui a pouco.

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Gente, o que é o cheiro desse Veja Maçã Verde? Eu nem sabia que existia, minha mãe acabou ganhando de graça naquelas promoções compre um leve 2 e talz. Eu fiquei completamente apaixonada, passei pela casa inteira!!

(se vocês não sabem, eu sou amiga dona de casa pelo menos uma vez por semana, he he)

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Então, minha irmã foi para o Rio Grande do Sul semana passada, para acompanhar o Vicente no jogo do Atlético. Aí acabou que eles ficaram por lá mais uns dias, férias e tal, sabe como é.

Agora, para a parte que interessa: ela trouxe um monte de chocolate mentolado para mim! Rôôôuuuu!!!! Tem noção de como é bom acordar cedinho, tomar café comendo chocolate mentolado??!!!!! Hehehe

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Momento de Iluminação

Ontem de madrugada estava assistindo O Retorno do Rei e tipo, que horror. Menos de um ano sem ver o filme e eu já começo a achar um monte de falhas! Juro, era o meu filme preferido da trilogia, e ontem eu achei picareta bagarai.

Não sei o que está acontecendo com meu gosto cinematográfico.

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Apaixonada por essa música aqui:

The Logical Song (Supertramp)

When I was young, it seemed that life was so wonderful,
a miracle, oh it was beautiful, magical.
And all the birds in the trees, well they’d be singing so
happily,
joyfully, playfully watching me.
But then they send me away to teach me how to be sensible,
logical, responsible, practical.
And they showed me a world where I could be so dependable,
clinical, intellectual, cynical.
There are times when all the world’s asleep,
the questions run too deep
for such a simple man.
Won’t you please, please tell me what we’ve learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am.
Now watch what you say or they’ll be calling you a radical,
liberal, fanatical, criminal.
Won’t you sign up your name, we’d like to feel you’re
acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
At night, when all the world’s asleep,
the questions run so deep
for such a simple man.
Won’t you please, please tell me what we’ve learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am.

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And the way I feel tonight
I could die and I wouldn’t mind
And there’s something going on inside
Makes you want to feel makes you want to try
Makes you want to blow the stars from the sky

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Sabe, de todas as coisas ‘que não tinham na minha adolescência’, a que eu menos entendo é esse lance do cosplay. Qual é exatamente a do negócio? Brincar de ser uma personagem?

Bem, eu era a Change Mermaid na minha infância, e nem por isso precisava me vestir como tal.

Não vou dizer que as fantasias em alguns casos não são cool (muito embora algumas pessoas percam a noção de ridículo certas vezes), mas tipo, isso deve custar caro. Não é melhor comprar, hum, não sei, alguns livros? Ou mangá, que seja.

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Aceito sugestões de leitura para as férias. Aviso de antemão que não estou com humor para fantasia e ficção científica. E que estou aposentando o Ulisses de novo.

Shiny happy people

Shiny happy people laughing, meet me in the crowd… (People! People!)
Throw your love around, love me, love me, take it into town… (Happy! Happy!)
Put it in the ground where the flowers grow, gold and silver shine…

Shiny happy people holding hands… (shiny happy people holding hands…)
Shiny happy people laughing…

Everyone around love them, love them…
Put it in your hands, take it, take it, there’s no time to cry… (Happy! Happy!)
Put it in your heart where tomorrow shines, gold and silver shine…

Shiny happy people holding hands… (shiny happy people holding hands…)
Shiny happy people laughing…

Here we go!

Shiny happy people holding hands… (shiny happy people holding hands…)
Shiny happy people laughing…

Só para comemorar minha aprovação em Tópicos de Pesquisa em Literatura, a disciplina que fez com que eu adquirisse Gilfobia, hehe. Ok, a trilha deveria ser I believe em miracles, dos Ramones. Mas como é para comemorar e não para questionar o status da minha aprovação, vamos lá:Shiny happy people holding hands… (shiny happy people holding hands…)
Shiny happy people laughing…

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Oh-la-la!

Assim, eu olho para ela e penso “Gee, nasci no corpo errado”. Eu deveria nascer Dita Von Teese!

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Então, tipo assim, eu não estou lendo nada de apaixonante nem assisti nada espetacular. Então, como não tenho nenhuma informação cultural relevante para dividir com vocês no momento, vamos ao…

…LINK INÚTIL DO DIA!!!!!!

Você gosta de gatos?? Gosta de colocar coisas sobre ele*?!! Então não deixe de ver o stuff on my cat! Uma pérola!

*(preciso dizer: não, eu não coloco nada sobre o Puck)

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Já que Guerra dos Mundos chegou no cinema, vou aproveitar o gancho e passar para vocês o link para ouvir o fodérrimo Orson Welles numa adaptação de War of the Worlds para o rádio: clica aqui.

A adaptação foi ao ar em um programa de rádio dos Estados Unidos em outubro de 1938, no caso a história da invasão da Terra por marcianos foi transformada por Welles em um tipo de noticiário a respeito da invasão. A programação ‘normal’ da rádio era interrompida várias vezes com flashes a respeito do ataque alienígena. Isso surtiu tamanho efeito que a população entrou em pânico, acreditando que aquilo estivesse de fato acontecendo.

Tempos mais inocentes, ahn? Confesso que essa época tinha lá o seu charme. Para saber mais sobre a brincadeira do Welles, clica aqui.

E só para terminar, uma citação do Welles que ilustra bem porque acho esse cara totalmente fantástico: “Sou ator de teatro e cinema, escrevo contos, programas de rádio e televisão, dirijo filmes e peças, sou ventriloquo, ilusionista e mágico. Pena eu ser tantos e vocês tão poucos. Meu nome é Orson Welles.” (se apresentando para uma platéia de quatro pessoas em Berlim)

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Então, daquela velha história do ‘uma coisa puxa outra’. Ontem fui procurar uma citação de A Insustentável Leveza do Ser em uma agenda velhona, para passar para o Fábio. Nisso, achei a transcrição da cena do casamento de Mickey e Mallory Knox em Assassinos Por Natureza e resolvi postar uma foto do filme no meu flog, lembrando da questão da crítica à mídia que o filme faz.

Eis que procurando exemplos semelhantes (e mais ‘concretos’, digamos assim), dessa história de bandidos virando mitos por causa da imprensa, lembro do caso do Pareja, aquele rapaz que é freqüentemente citado quando o assunto é complexo de estocolmo. Fui dar uma olhada no senhor Google para refrescar minha memória sobre os acontecimentos e acabei me deparando com e esse texto excelente do Marcelo Leite.

Se você está só coçando aí na frente do computador, não custa nada dar uma conferida. Levanta uma série de questões sobre a responsabilidade não só do jornalista, mas da sociedade. Atenção especial para o último parágrafo, que contem trechos da carta de uma das pessoas envolvidas no caso da Escola Base.