Was.

harljokerWas. Fazer o quê?

Eu não sei se o que me deixa mais triste é o final em si, ou o modo como as coisas aconteceram. Ou talvez aquela história de ter medo de nunca mais achar alguém.

A gente sempre acha que vai ser o fim do mundo, e que a pessoa que nos deixou era o amor das nossas vidas. Como se depois de quatro anos de namoro não fosse aparecer outra história tão bonita quanto a que acabou.

Mas aí eu vejo gente como a Estrela e sei lá. Eu tenho pensado bastante nela desde ontem. Ela e meu irmão formavam o casal mais lindo e mais perfeito que eu já tinha visto. Era uma delícia poder acreditar que as coisas duram, que… sei lá. De alguma forma, que “o amor existe”. Eles mostravam isso o tempo todo, do modo como se viam, de como se abraçavam, se falavam, dividiam suas vidas… sei lá.

Aí, aconteceu de meu irmão “pedir um tempo” para a Estrela. Ela, que confiava tanto no amor deles (como todos nós confiávamos), deixou ele ir na boa. Semanas depois “Estrela, o Rui está ficando com uma garota”. E ela deve ter pensado algo como “Ah, deixa ele galinhar, depois ele volta”. E todos pensávamos isso.

Então “Estrela, o Rui casou.” Eu sei que ela sente até hoje por tudo o que aconteceu, mesmo porque meu irmão (que sempre foi um exemplo de homem ideal para mim), agiu como um pateta de 15 anos. Sei também porque li algo sobre isso no blog dela. “O que ele fez não se faz nem com um cachorro”.

Não mesmo.

Não se diz para a namorada que você está apaixonado por outra pessoa por mensagem de celular, por exemplo.

Whatever, voltando à Estrela. Depois de muito tempo reencontrei ela na faculdade. Feliz da vida com um rapaz chamado Théo (que mal tive tempo para conversar, mas que me pareceu muito legal), agora já casada com ele morando em um apartamento ali perto da Reitoria.

É um amor diferente, eu sei disso. Eu passei cinco anos vendo o olhar dela para meu irmão, e sei que o dela para o Théo é diferente. Mas o que eu tenho pensado é… só porque é diferente, não pode ser melhor? A gente é meio que condenado a ter só um “amor da nossa vida”? Não pode ter mais ninguém especial por aí?

Eu sei que ela tá feliz. E muito. Não está vivendo o sonho da Amora e do Juan, mas está lá, com seu chá de panela com visita do Zeca Baleiro. Eu acredito de verdade que a história dos dois é tão bonita e especial quanto (ou mais) foi a com o Rui.

Eu sinceramente estou me sustentando nisso para não surtar de vez.

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