Time waits for no one

anime_732.jpegOntem à noite assistimos The Girl Who Leapt Through Time (não sei como ficará o título em português), uma animação japonesa que, como a maioria das animações japonesas, acaba sendo superior ao que sai lá dos Estados Unidos.  Eu sei que soa extremamente pedante esse tipo de comparação, mas eu sinto como se há muito tempo os estúdios norte-americanos tivessem ‘perdido o mojo’, digamos assim.

Antes as animações eram simplesmente chatas (por causa das cantorias promovidas nos desenhos da Disney). Depois ficaram divertidas (“com piadas para adultos”, como alguns gostam de dizer), mas passaram a insistir tanto no ponto da computação gráfica, que a coisa começou a ficar meio limitada.

Aí você pega uma animação como As Viagens de Chihiro, que não é só legal e divertido. É também lindo. O trabalho feito com sombras, os detalhes, as paisagens… Não que os trabalhos da Pixar, por exemplo, não sejam ao seu modo “lindos” também (é só lembrar dos detalhes dos pêlos do bichão de Monstros s.a.), mas é uma beleza ‘fria’, mais distante.

Quando você assiste animações orientais, é como se fosse puxado para um outro mundo, no qual tudo é relevante. O modo como o sol da tarde bate em uma folha, as flores da cerejeira caindo no chão. É um capricho que somado à simplicidade das histórias que contam, viram poesia pura.

Mas retornemos à menina das viagens no tempo. A história é simples e sem qualquer “piada para adultos”. É uma história para crianças, contada de forma inocente e só. A menina do título chama-se Makoto, que tem um verdadeiro dia ruim: não bastasse ‘n’ situações complicadas nas quais ela se mete durante todo o dia, ao voltar para casa ela sofre um acidente – e sim, ela morre.

Para surpresa dela, ao abrir os olhos, ela está vivendo alguns segundos antes do acidente, e assim consegue evitá-lo. É a primeira de uma série de “viagens no tempo” que ela fará, tentando arrumar o que ela acha que está errado.

A partir disso, Makoto começa a presenciar as conseqüências dessas alterações e aprende uma valiosa lição sobre o “tempo”. O “bonitinho” do filme é a relação dela com dois amigos, Chiaki e Kousuke, que rendem também algumas lições sobre a amizade.

Mas o ponto importante: sem a pieguice dos desenhos com os quais estamos acostumados a assistir. A simplicidade dá um tom honesto para a história, de forma que você realmente torce para uma boa conclusão nas escolhas de Makoto.

Enfim, eu dei uma pesquisada e não achei a data de quando a animação chegará aqui. A notícia boa é que ele está bem cotado nas premiações futuras, e com sorte ganhe até um espaço em projeções, e não vá direto para as locadoras. Caso isso aconteça, não deixe de ir conferir e fazer uma verdadeira viagem ao passado, caso você já tenha passado da idade da Makoto.

10 comentários em “Time waits for no one”

  1. Rei Leão, Aladin, como você ou qualquer outra pessoa pode não gostar das musicas? Mesmo assim, concordo que viagem de Chihiro é superior à maioria das atuais animações americanas. Quanto ao enredo do filme que o post fala, ele lembra aquele “corra Lola”, pelo que você disse.

  2. Ah, uma música ou outra é bacana, tem aquela do timão e do pumba que gruda na cabeça e tal. O foda é que os desenhos são SÓ cantoria, enche o saco. =/

  3. Não é bixão. É James “Sully” Sullivan. pqp, me amarro em monstros S.A.

    Mas de fato, as animações orientais chutam a bunda de todos os filmes da Disney e seus musicais que são um pé no saco.
    A Disney nunca muda o estilo de suas animações. Cheias de musicais e pá…

  4. Lucas – Campo Grande – Camiseta M. Calça 42. Come carne. 2 braços. 2 pernas. 2 olhos. O que mais você precisa saber?
    Lukaz disse:

    Animes e Mangás podem ser muito bons, mas tem que peneirar muita coisa. Eu diria que só 1 entre 10 realmente valem a pena.

    Os filmes, por outro lado, tem muitos que valem a pena. Todos do Miyazaki e estúdio Gibli, por exemplo. =]

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