To absent friends, lost loves, old gods, and the season of mists…

…and may each and every one of us always give the devil his due.

Eu sou uma pessoa muito feliz, sabe como é: escolhi o caminho profissional certo, tenho uma família maravilhosa que me apóia em todas as maluquices e lerdices e um namorado que não só me ama mas sabe demonstrar isso.

Mas eu tenho um problema enorme que não faz a minha felicidade ser plena: muito rancor guardado. É tipo hum… feijão velho em tupperware. Você deixa lá, num canto da geladeira, porque morre de medo de abrir aquele potinho porque sabe que o que tem ali dentro não presta.

Enfim, resolvi abrir o potinho. Senta que lá vem história.

Eu tenho rancor de ex-namorado, que nunca me traiu, mas soube me ferir de todas as formas possíveis. Tenho rancor de amigos que em momento de crise resolveram tirar o corpo fora e não ajudaram a reatar uma amizade que era muito importante para mim (o que nunca escondi). Rancor de coisas que sei que foram ditas por pessoas que amo para pessoas que odeio. Rancor de algumas histórias incompletas e/ou mal contadas.

… acho que é basicamente isso. Eu sei que “perdão” seria a fórmula mágica para resolver isso. Mas tenho a sensação de que não teria esse acúmulo de rancor se na época certa tivesse falado o quanto essas pessoas me machucaram, ao invés de simplesmente ter engolido seco.