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Sabe, o que realmente estraga os relacionamentos é a tendência imbecil que as pessoas têm de preencher o que elas desconhecem sobre certos acontecimentos com o que há de mais venenoso na cabeça delas. Exemplo para ilustrar: Fulano, Ciclano e Beltrano são amigos há anos, mas certa noite Fulano e Ciclano saem sozinhos e Beltrano fica puto. Por quê?

Beltrano não pensa que o celular dele poderia estar desligado, que Fulano tinha assuntos para resolver com Ciclano ou que na verdade Fulano e Ciclano se encontraram sem querer na balada. Não, não… Beltrano preenche os “buracos” da história com Fulano e Ciclano combinando a saída diaaas antes, “nas costas” dele, com requintes de maldade. Acredita piamente que Fulano e Ciclano não gostam dele, que por isso não fizeram questão da presença. E assim segue, com o Beltrano criando histórias cada vez piores para explicar o que aconteceu naquela noite.

Eis então que Beltrano rompe a amizade com duas pessoas que gostavam muitão dele, porque achava que as coisas tinham ocorrido do jeito exato que ele imaginou, quando na verdade não foi bem assim.

Bom, não sei se fui clara o suficiente. Mas enfim, o fato é que emputece um pouco ver pessoas preenchendo as lacunas das histórias das quais faço parte com o veneno delas, sem uma tentativa de saber o que de fato aconteceu. Eu sei que parece papo de sessão de cartas da Capricho, mas sempre acreditei naquela coisa de “pratos limpos”, e não a babaquice de quinta série envolvendo indiretinhas idiotas e comentários venenosos com as amiguinhas.

Eu não sei qual é o problema das pessoas, o motivo pelo qual preferem acreditar na pior versão. Dia desses tive uma discussão braba com a atual namorada do meu ex que no fundo começou por causa disso, mas nós conversamos. E não digo que vamos nos adorar ou que seremos melhores amigas, mas não existiram meias palavras e cada uma pôde expor o que pensava naquele momento: pelo menos agora o que achamos sobre a situação não é uma versão distorcida do que realmente aconteceu, repassada de forma mais distorcida ainda para terceiros.

O pior, mas o pior mesmo é prezar tanto esse tipo de honestidade e clareza e no final das contas, por uma série de raciocínios distorcidos e uma total falta de diálogo (para não falar da criancice…), eu acabo passando por uma vaca hipócrita. Um dia, quem sabe, eu conheço o outro lado. Mas por enquanto…Eu sou má! Roubo homens, destruo amizades e faço tudo de forma calculada para sair de santinha nas histórias! Muuuu!

Hanhan. Então dá licença que vou ali roubar um doce de criança e pisar em um louva-deus para colocar a filha da putice em dia…

… haja vida, né?

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