Muito barulho por nada

A Jô é realmente um amor de pessoa. Me ligou hoje para perguntar se deu tudo certo. Eu sei que depois, quando conversar direito com ela (não deu para conversar porque eu estava digitando um trabalho para a Sol), ela vai achar que não deu tudo certo. Eu vou ficar sem saber.

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Eu só não queria ter sido tão… tão Beatrice.

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É assim: você está em um labirinto e tenta escapar. Você dá voltas e voltas. E chega um momento que você se dá conta que não tem saída, então você senta e espera. E espera…

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Vou escrever uma peça de teatro. Como sempre digo: nos piores momentos que surgem as maiores inspirações. Nas palavras de Wilde “Um grande poeta é a menos poética de todas as criaturas. Parece que escreve a poesia que não consegue viver, enquanto poetas inferiores vivem a poesia que não conseguem escrever

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Perguntar “Comé q c tá?” é tudo?

Bê: obrigada, você sabe o porquê.

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Eu só sei que embora eu ame de coração grande parte dos meus amigos, eu decidi hoje a tarde tirar meu corpo fora. Primeiro porque nos a+b da vida está começando a ficar óbvio que a = anica quando se fala em problemas.

E depois porque… porque isso tudo tá me fazendo mal. Chamem de egoísmo, criancice. Eu não vou conseguir deixar isso de maneira clara e vou soar bem babaca para alguns, eu sei.

E, afinal, por mais que eu não queira, eu fui Beatrice.

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Jô acabou de ligar de novo. Éééé… ela disse que não deu tudo certo.

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