Mystic River (Dennis Lehane)

Há coisa de quatro anos atrás eu terminei meu post falando de Sobre Meninos e Lobos com um “Veja o filme, leia o livro”, indicando um link para a tradução do romance de Dennis Lehane no qual o filme de Clint Eastwood foi adaptado. O fato é que eu mesma não segui minha indicação e só agora finalmente li a obra. E eu poderia até me arrepender por ter demorado tanto para ler um livro tão bom, mas o fato é que não ter mais a lembrança da versão cinematográfica na cabeça provavelmente ajudou muito na hora da leitura.

Eu lembrava das atuações brilhantes do elenco (portanto lembrava do elenco), mas parava aí. Não lembrava de mais nadica de nada da história, e foi quase como ler pela primeira vez. E, levando em conta que é um policial, isso é muito bom.

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No Country For Old Men (Cormac McCarthy)

Acabei de ler o livro no qual se baseou o filme que papou quatro estatuetas do Oscar desse ano (e não por acaso, devo dizer). Confesso que inicialmente o estilo do McCarthy me irritou um tanto. Porque ele simplesmente aboliu o uso de aspas nesse livro (não li os outros, não posso confirmar se é um recurso que ele sempre utiliza). Isso significa ficar completamente perdido sobre o que é diálogo e o que não é, além de ler vários donts, cants bem desse jeito (e imaginem a pira que uma professora de inglês não tem ao ver isso).

Mas ali pela página 50 você já se acostuma com o estilão do sujeito, e então é só alegria. A primeira coisa a ser dita: a adaptação dos Coen foi uma das melhores adaptações que já vi. Quase ipsis litteris. E o legal é que nos momentos em que não segue exatamente as palavras do McCarthy, você consegue compreender a razão para isso (aquela velha história dos problemas da troca de mídia).

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Da série: hqs que eu gostaria de ver na telona

Desde que o primeiro X-Men do Bryan Singer abriu as porteiras, a “nova geração” de filmes baseados em HQs continua funcionando à todo vapor. Hulk, Batman, V de Vingança, Superman, Sin City, Estrada para a Perdição, 300 de Esparta, Elektra, Demolidor, Hellboy, Hellblazer, Homem Aranha, A Liga Extraordinária, Quarteto Fantástico, Do Inferno… e a máquina das adaptações não para, tem até Watchmen para chegar por aí. Ok, nem todos foram um sucesso e nem todos são lembrados como algo bom, mas o fato é que o pessoal de róliudi perdeu o medo de lançar as hqs à telona.

Aí eu fico aqui pensando, em um mundo perfeito no qual as adaptações fossem sempre perfeitas, seria bacana ver alguns filmes no cinema. Nas condições normais de temperatura e pressão (o que consiste basicamente em um bom diretor, uma boa verba e liberdade de criação, acho) muita coisa publicada poderia render ótimos filmes.

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Zack Snyder divulga figurinos de Watchmen

Eu tinha até uma certa esperança que o projeto fizesse tchibum e ficasse só no papel mesmo, mas parece que a produção de Watchmen, baseada em uma HQ de Alan Moore, realmente está engrenando. E agora, faltando menos de um ano para a data prevista para a estréia do filme, o diretor Zack Snyder (de 300) divulgou fotos dos figurinos de algumas personagens da HQ.

Estão lá: Comediante, Coruja, Ozymandias, Rorschach e a Espectral. Tá que a personagem que eu mais tinha curiosidade de ver como ficará, o Dr. Manhattan, eles ainda não disponibilizaram. Até porque um cara azul com cueca preta não deve ser, ahn, algo fácil de retratar na película sem que fique simplesmente ridículo. De qualquer forma, deixo aqui uma comparação HQ – Cinema para vocês verem como pode ficar o Watchmen (aposta: Moore não gostará MAIS uma vez).

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Everything is not going to be ok

Começou o ano e eu e o Fábio estamos de férias e nerdiando felizes a bailar. Aí parte do roteiro de nerdiação foi assistir A Scanner Darkly, que por estas bandas receberá o ma-ra-vi-lho-so título O Homem Duplo. O filme é baseado em uma obra do Philip K. Dick – não é o primeiro filme baseado em alguma obra dele, Blade Runner também é.

Aliás, tal como no caso do filme do caçador de andróides, este se passa no futuro. A principal diferença no caso de Scanner Darkly é, para começar, o uso da técnica conhecida como rotoscopia – os atores são filmados e depois a animação é feita sobre eles. Além disso, aqui o tema central não é a “humanidade”, mas as drogas.

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