Há 20 anos…

Tem coisa que só funciona no seu próprio tempo. Luci, por exemplo, comentou uma vez em uma aula sobre Shakespeare que o bardo não seria *o* bardo se tivesse nascido alguns anos antes, ou alguns anos depois. Foi a soma de tudo que acontecia onde ele vivia que fez dele o que ele foi (e ainda é). Acho que outras coisas se encaixam nisso também, como por exemplo, a TV Pirata.

Quem tem menos de 20 e não teve a oportunidade de acompanhar, é só procurar no YouTube. Bate uma saudade danada ver aqueles quadros de humor afiado, as tirações de sarro com propagandas e programas do momento. Mas, retomando minha teoria das coisas que só funcionam em seu próprio tempo, acho que mesmo que caso a Globo resolvesse unir todos os membros, já não seria igual. TV Pirata foi aquilo, não tem como resgatar senão assistindo aos vídeos antigos.

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Liberdade na TV

Antes de mais nada, alguns esclarecimentos: primeiro, eu não assino tv a cabo (só vejo na casa dos sogros ou da minha mãe, hehe). Segundo, não costumo acreditar em abaixo-assinados (até hoje todos dos quais participei não deram em nada). Terceiro, sou uma defensora fanática da liberdade, por isso comentarei sobre um assunto que, levando em consideração os dois primeiros pontos, eu nem deveria estar falando.

A questão é que um projeto será votado em breve, impondo que a tv por assinatura seja composta por 50% de canais brasileiros e 10% dos canais estrangeiros apresentem programas nacionais1. Já imaginou o belo cocô que será a tv paga, certo? Uhum, igualzinha à tv aberta. Só que você pagará por isso, o que torna a coisa toda um pouco mais difícil de engolir.

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  1. Na realidade, na semana passada a proposta mudou de 50% para 25% 

Segunda temporada de Heroes

Agora em janeiro a Universal começou a passar os episódios da segunda temporada de Heroes, e aí começa o blablabla sobre a série mais uma vez. Serei bem sincera: eu já tinha comentado aqui minha impressão sobre o primeiro episódio, que não foi boa. E a impressão continuou ruim, até que eu parei de assistir a série, no sexto episódio. E se em algum momento quis continuar assistindo, foi na esperança de que ficasse melhor (mas aí eu já tinha coisa melhor para ver, então resumindo, o último episódio que vi foi The Line).

Na verdade, a sensação que dá é que eles simplesmente começaram a “forçar” algumas coisas para dar oferecer um pouco de drama – o que só fica idiota (especialmente nos momentos Petrelli). Talvez a melhor coisa dessa segunda temporada seja o Takezo Kensei, até porque tende para o humor. O resto (incluindo as novas personagens), chega até mesmo a ser constrangedor.

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The Salmon Dance

Tempos atrás reclamei que a MTV não era mais a mesma, mas felizmente algo aqui e acolá se salva. Uma das coisas que ainda justificam o ‘M’ é um momento durante os intervalos quando mostram trechos de clips e comentários sobre esses, o que é no final das contas uma oportunidade para você conhecer coisas que não conheceria normalmente.

Um exemplo? Bom, eu já ouvi lá duas ou três músicas do Chemical Brothers, mas não é de fato a minha praia. Mas aí eu vi o clip de “The Salmon Dance” na MTV e agora a música não sai da minha cabeça. E o video é hilário (adoro o baiacu, hehehe), veja só:

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Lugar Nenhum

Então que em 2007 dois livros do Neil Gaiman que fizeram com que o gosto agridoce de Deuses Americanos finalmente saísse da garganta. Primeiro Os Filhos de Anansi, divertidíssimo e com algumas personagens bem marcantes. Agora, Lugar Nenhum. Se bem que usar “agora” para se referir ao livro é um tanto estranho. Isso porque, apesar de ser lançado aqui no Brasil pela Conrad em outubro de 2007, o livro já existe tem quase uns 10 anos.

“10 anos?!!” Sim, sim… Na verdade, ao contrário do que tem acontecido cada vez com maior freqüência, primeiro veio uma série de tv (lançada em setembro de 96 na BBC) e depois Gaiman ‘novelizou’, digamos assim, a série, criando então Lugar Nenhum (Neverwhere em inglês).

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Morte no Funeral

Com a semana mais sossegada estou conseguindo colocar as coisas em dia. Por exemplo, já estou no capítulo 9 dos 12 da segunda temporada de Dexter (e eu confesso que se arrastou um tico, mas ali nos minutos finais do sétimo episódio para o fim do nono, está de tirar o fôlego). E também estou assistindo filmitchos que eu queria ver mais o Fábio não porque ele não curte comédias.

Semana passada vi “O amor não tira férias”, bem bocó e só vale a pena pelo Jude Law. Hoje foi “Morte no Funeral“, uma produção alemã, norte-americana e britânica que vale alguns momentos bastante divertidos, sendo que o recurso mais utilizado, obviamente, é o de fazer graça com a frieza dos ingleses (como já na primeira cena, com o filho vendo que o defunto dentro do caixão entregue na casa dele não era o do pai, por exemplo).

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Pushing Daisies

Quando chega uma série nova a comunidade nérdica se agita toda, correndo atrás de episódios e informações, na esperança de arrumar um substituto para a série favorita que saiu do ar, ou daquela que simplesmente não tem mais graça. Assim, se você é pelo menos meio nerd, em algum momento já deve ter topado com um comentário ou outro sobre a nova série da ABC, a Pushing Daisies.

Eu, que sou bem nerd, já tinha ouvido falar em vários lugares. No blog do Sky, no nerd-o-rama e no Jovem Nerd, por exemplo. E falava-se taaaanto de “Parece Tim Burton”, “Parece Amelie Poulin”, que achei que a série merecia um minuto da minha atenção (mais pelo Burton, porque Amelie Poulin já deu no saco).

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It’s always sunny in Philadelphia

Então, continuando a saga televisiva (quem vê pensa que estou com tempo e falta do que fazer vazando pelos ladrões…), conferimos o primeiro episódio do primeiro ano de “It’s always sunny in Philadelphia“, comédia que está sendo bastante comentada por aí e que no segundo ano tem o Dany DeVito no elenco.

O que dizer? Aparentemente é como se a rapaziada do South Park virasse dona de bar. Humor negro e sem noção e situações ultrapassando longe as bordas do politicamente correto. E ei, isso é muito legal! 😀

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Segunda temporada de Dexter

Poisé, começou tudo novamente, incluindo o Dexter também – e eu pude conferir o primeiro episódio do segundo ano ontem à noite. É engraçado que se por um lado Heroes foi um cocô e House foi foda (já, já comento o segundo episódio), Dexter foi maizomeno. Pareceu mais um prolongamento do primeiro ano, o que não é necessariamente ruim.

Agora não temos mais um grande mistério como o do Assassino do Caminhão de Gelo, em compensação, o protagonista está metido em TODAS as frias possíveis (sacou o trocadilho, ahn ahn?). A sensação que dá com tudo isso é que ele está… se humanizando (o que até tem a ver com o título do episódio).

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Começo de temporada

Então que para descansar do corre-corre diário eu deixo o Civilization II de lado e volto para algo ainda mais nérdico: minhas séries favoritas! :love: A quarta temporada de House e a segunda de Heroes estrearam esta semana e é claro que eu não esperaria muito tempo para ter respostas para todas perguntas lançadas nos últimos capítulos das temporadas anteriores, hehe

O que dizer? O pior mesmo foi a decepção com Heroes. Sabe, às vezes o problema de fazer um final de tirar o fôlego é que na hora de juntar os cacos fica tudo extremamente forçado. Neste episódio que começa quatro meses após os eventos do último, nada parece se encaixar naturalmente, e todos aqueles que seriam grandes momentos não deixam de ser grandes clichês (gente sem memória, gente marcada para morrer, sujeito misterioso de capuz, etc.).

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