É conversa ribeira das águas de março (Ou: Filmes que assisti em março)

E lá se foi o mês de março. Vusssh. Poucos filmes, mais porque chega tarde da noite e eu só quero café é dormir e eu não sei sobre vocês, mas meu interesse por alguns títulos parecem ter prazo de validade, porque depois eu dou uma olhada nas opções do que assistir e penso “Por que diabos estava interessada nesse aqui mesmo?”. É estranho. Por outro lado tem lá um caso ou outro que fico tão, mas tããão curiosa que eu só sossego quando finalmente assisto, tipo A Girl Walks Home Alone At Night, que uhuuu consegui ver este mês. Mas divago. Vamos aos comentários? Opa, vamos.

Simplesmente Acontece (Love, Rosie, 2015): Então, eu falando dessa coisa de curiosidade. Nunca tinha lido o livro, sabia nadica de nada sobre o filme, mas ele apareceu e pans, assisti. Porque estava na vibe comédia romântica merrrmo. E começo a ver e lá vem tapa na cara: JÁ TÃO FAZENDO FILME COM NOSTALGIA DOS ANOS 00!! Vish. Músicas, modelos de celular, msn…  Enfim, sobre o filme. A história é fofinha, mas fica aquela sensação de que faltaram algumas peças ali – não flui bem, parece apressada, com grandes saltos e às vezes poucas explicações, tanto que realmente fica parecendo que tudo foi só uma questão de Alex não ter convidado Rosie para o baile quando né, não foi. O plot é aquele de sempre, dois amigos que se amam mas por uma série de eventualidades nunca ficam juntos. Meeeh.

Coherence (idem, 2013): Sugestão do Quickbeam lá na Valinor, fiquei curiosa porque ele disse que era um filme que seguia a mesma linha que Triângulo do Medo (que eu gostei bastante). E segue mesmo. É daquele tipo quanto menos se conta melhor, porque a estranheza que a história causa meio que depende de não saber de muita coisa sobre o enredo. Assim: um grupo de amigos se encontra no dia que um cometa está passando próximo da Terra e, conforme alertado por cientistas, coisas estranhas começam a acontecer. Olha, só acrescento que é o tipo de filme que vai te fazer querer rever de novo, buscando alguns detalhes, procurar o que você não sabia que tinha que perceber na primeira vez que assistiu. E é isso, não posso falar mais nada. Só que se você gostar desse, dá uma chance para o Triângulo do Medo também, hehe.

Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay – Part 1, 2014): Vocês me desculpem, mas lá vou eu de novo citar o Ayoade on Ayoade porque né, na hora que eu escrevi esse título lembrei de um trecho do livro e comecei a rir. Aqui:

Então, sobre o Mockinjay. Eu gostei mas ainda não acho que tinha motivo para dividir em dois. É tipo aquele negócio que a Conrad fez com o Coisas Frágeis do Gaiman, dividindo em dois livros, só que aí os contos fodas ficaram todos em um livro só. Quem leu A Esperança sabe: o melhor está na segunda metade do livro, não no começo. De qualquer forma, valeu, nem que seja pela Effie falando sobre democracia e sim, assim como no livro aquela fala do You burn with us é de arrepiar. Em nota relacionada, segundo filme no mês que vejo o Sam Claflin.

Two Night Stand (idem, 2014): Resolvi testar o tal do Popcorn Time só para ver qualé, usei esse filme que não me deixaria especialmente puta se algo desse errado. Tem o guri do Whiplash (juro que em algum momento eu aprenderei o nome dele) e uma atriz que não lembro de ter visto em outro lugar mas que promete (pelo menos para comédia). A história é assim: eles passam a noite juntos, é para ser só “one night stand”, mas aí no outro dia ela descobre que ele é meio babacão e quando está indo embora vê que está presa no apê dele por causa de uma nevasca. Sim, daí o título. Então eles passam mais tempos juntos, se conhecem e yadda yadda yadda, meio que já dá para saber o que vem por aí, mas a gente sabe o que vem por aí e continua vendo esses filmes, então nem dá para apontar a previsibilidade como demérito. É fofinho e engraçadinho, mas muito mais pela guria do que pelo Miles Teller (olha o avanço, lembrava que era Miles e que era Teller só não tinha certeza se eram dois l). Neste filme eu não vi o Sam Claflin.

The Riot Club (idem, 2014): Eu detesto boas ideias que não são bem executadas. É o caso de The Riot Club, que certamente vai agradar lá uma parcela do público mais jovem, já que tem um monte de guri bonitinho junto (ah, sim, tem o Sam Claflin), mas se você pensar pelo filme em si, é daqueles que ficam só arranhando a superfície do tema que poderiam tratar de forma bem mais aprofundada. Dois calouros chegam em Oxford e são convidados para o Riot Club, formado basicamente pelos homens mais populares da universidade. O negócio é que achava que haveria um acompanhamento mais atento da participação dos dois no grupo, anotando mudanças sutis que surgiriam por estarem andando em bando. Mas fica tudo para uma noite só, tudo acontece ali e de repente você pensa que nem foi exatamente bem apresentado às personagens para pesar o que elas estavam fazendo e como assim esse cara virou um filho da mãe se ele era mega gente boa, etc. Se melhor conduzido, poderia ser bem mais interessante. Do jeito que foi feito, é realmente só um agrupamento de meninos bonitos com roupas chiques.

A Girl Walks Home Alone at Night (idem, 2014): Parece que o título por aqui será A Garota que Anda à Noite, mas não tenho certeza então vamos deixar assim mesmo, hmkay? Então. Tem tempos que tenho lido comentários sobre ele aqui e acolá, qualquer coisa sobre renovar os filmes de vampiro ou algo assim. Só que isso pode passar a falsa ideia de que você assistirá a um filme de terror (foi assim comigo) quando não é bem por aí. Sim, tem algumas cenas assustadoras (qualquer uma que envolva a garota do título seguindo alguém na rua à noite), mas ele parece ir um pouco mais para o lado do drama do que do terror em si. Antes de qualquer outro comentário: cenas lindíssimas. É daqueles que vale a pena ver no cinema, infelizmente duvido que vá passar por aqui. Mas se tiver oportunidade, veja, porque nossa, é lindo. Da história: um sujeito tem um pai viciado, uma série de eventos faz com que ele acabe recebendo toda a droga do traficante que negociava com seu pai. Uma vampira que ataca pessoas à noite aparentemente seguindo uma espécie de compasso moral (homem babaca, pode. gurizinho inocente, toma só um susto para não virar babaca, etc.). Chega um momento que a história das duas personagens se cruzam, e é aí que o filme me conquistou de fato. Adorei como eles conversam através da música (toca Death!!!) e como aprendem a lidar com seus defeitos/passados.  Não tem o Sam Claflin mas tem um gato.

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