Cisne Negro

Ahááá, finalmente consegui assistir a algum filme após o nascimento do Arthur. Eeeeeeeee, viva o/ Comemorações à parte, o fato é que eu escolhi mal. Não que Cisne Negro seja ruim (está beeem longe de ser, diga-se de passagem), mas é que é um filme cuja trilha sonora e imagens são tão poderosas que é quase um pecado vê-lo em casa, tenho certeza que no cinema teria provocado ainda mais reações em mim. Então desde já eu deixo a dica: se está curioso sobre o filme, aguenta as pontas e deixa chegar nas telonas (aqui no Brasil a data de estreia está marcada para fevereiro), porque valerá MUITO a pena.

O enredo é até bem simples, se for pensar bem. O importante do filme é o modo como ele é conduzido, quase como um balé mesmo – e se essa sensação foi inspirada em mim, que não sou muito fã de dança, imagina de quem gosta. Temos Nina (Natalie Portman), uma bailarina desesperada para ser reconhecida como uma estrela. Ela vê sua chance chegar quando o diretor da companhia de balé procura por uma nova Swan Queen (Cisne Rainha) para sua montagem de O Lago dos Cisnes.

O negócio é que a menina é tão controlada pela mãe e tão obcecada com perfeição que segundo o diretor ela só consegue fazer a parte do Cisne Branco. O filme acaba mostrando a busca de Nina por esse Cisne Negro, num processo complicado em que nada é o que parece ser. Um jogo com o real e a imaginação de Nina deixam o espectador com um pé atrás sobre tudo o que acontece, aumentando ainda mais a tensão da história.

E essa história é contada com imagens tão lindas, com aquela trilha dando o ritmo de todas as ações da personagem de forma tão perfeita que não tem como não gostar do filme. O cuidado com o figurino das personagens mesmo quando é a roupa de dia-a-dia (como o cachecol branco de Nina, ou as roupas pretas de Lily) e mesmo o movimento de cada um dentro da história indicam claramente quem é quem nesse Lago dos Cisnes moderno.

O desfecho é brilhante, sobretudo por causa da atuação da Natalie Portman. Quando ela interpreta o Cisne Negro, é um momento de tirar o fôlego porque você realmente consegue notar a mudança entre esse e o Cisne Branco – não só na dança, mas no olhar, no modo de falar. Sei que conta aí a maquiagem também, mas realmente não dá para tirar os méritos de Portman, que está impecável.

Como disse antes, vale a pena esperar e ver no cinema. Na realidade, é uma das primeiras vezes que assisto a um filme e depois fico pensando que deveria ter esperado um pouco mais para conferir na telona. Não deixe de conferir quando sair por aqui, é realmente fantástico. Segue o trailer para quem ficou curioso:

2 comentários em “Cisne Negro”

  1. Estou louca pra ver esse filme…ainda mais sendo fã do balé e ja tendo assistido ao vivo, mais de uma vez no Municipal.

    E realmente..a diferença entre os dois cisnes é gritante…a bailarina que fez arrancou gritos e aplausos da plateia na hora da performance.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.