O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (II)

Continuando com a lista dos melhores filmes de casa ano em que estive viva, agora com o período entre 1990 e 1998. Como disse antes, é, sou velha e tive que repartir em três. Ainda bem que não são três de dez, senão entrava em crise. No caso dos anos 90 a dificuldade nem foi tanto lembrar dos filmes, ou ainda, escapar da nostalgia. Aí, o problema já foi selecionar qual filme, entre tantos excelentes que apareceram nessa época, ficaria de fora da lista.

Lembrando mais uma vez que as datas de lançamento são as do IMDb, e que essa não é uma lista nostálgica (o que significa deixar de lado nossa querida e já comentada Sessão da Tarde). Então, sem mais firulas, vamos logo à segunda parte da lista dos melhores filmes.

1990: Rosencrantz & Guildenstern estão mortos (Rosencrantz & Guildenstern Are Dead)

Dirigido e escrito por Tom Stoppard (que nesse ano esteve na FLIP), tem a grande sacada de criar uma tragédia a partir de outra. Por fazerem parte do enredo de Hamlet, eles não podem escapar de seu destino, ou seja, a morte. Leiam Hamlet antes de assistir e vejam que coisa bacana o Stoppard faz com essas duas personagens secundárias.

1991: O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs)

Para ser sincera nem gostei muito dos outros filmes sobre Hannibal Lecter, mas esse em especial é simplesmente um dos melhores thrillers já feitos. Porque chega ao absurdo de a tensão se sustentar mesmo quando você está assistindo ao filme pela quarta, quinta vez e já sabe o que vai acontecer. E depois de assistir, você nunca mais vê uma garrafa de chianti sem pensar que hum, dá para comer com fígado.

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1992: Cães de Aluguel (Reservoir Dogs)

Como diz a personagem Barry em Alta Fidelidade: “Porque é um filme genial. É engraçado, é violento e tem Harvey Keitel e Tim Roth no elenco, e tudo o mais. E uma trilha sonora do cacete.” Eu sei que Tarantino merecia aparecer aqui por Pulp Fiction, mas eu ainda sou muito mais o Cães de Aluguel (e verdade seja dita, se eu não cuido ele aparece com todos os filmes dele por aqui).

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1993: O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas)

Não sei se por ter um dedinho do Tim Burton (ainda que não na direção), a verdade é que é uma das animações mais bacanas que já vi. Ok, ok, eu tenho uma quedinha por filmes-para-ver-no-Natal, mas é que esse é realmente muito legal. Só não sei porque não saiu a nova versão 3-D aqui no Brasil, alguém tem idéia do motivo?

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1994: Assassinos por Natureza (Natural Born Killers)

Lembro que cheguei a usar esse filme para um trabalho da escola (omg, ainda nos tempos do video-cassete), para falar sobre a mídia e blablabla. Hoje em dia eu assisto e vejo até uma certa inocência na crítica que o filme faz, mas de qualquer modo Mickey e Mallory Knox ainda estão na minha lista de casais favoritos do cinema (ei, alguém lembra de Wrong Way do Sublime? Lembra o filme, apesar de não ter a parte do “killers”, hehe).

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1995: Ladrão de Sonhos (La Cité des enfants perdus)

Antes de O Fabuloso Destino de Amelie Poulin Jean-Pierre Jeunet já estava fazendo coisa boa por aí. Delicatessen não entrou na minha lista por pouco. E 1995 é dele, o Ladrão de Sonhos. Talvez poucas histórias conseguiram recriar tão bem o ambiente dos sonhos, o filme todo dá a sensação de que você fechou os olhos e começou a sonhar. Nem sempre bonitinho, às vezes grotesco, às vezes simplesmente absurdo. E lindo, muito lindo.

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1996: Trainspotting (Trainspotting)

É um dos raros casos em que gosto mais da adaptação do que do livro, então já dá para entender um pouco a razão pela qual coloquei Trainspotting aqui. Juntando a isso cenas como aquela com Perfect Day tocando de fundo, com toda a ironia e a acidez da história, é, eu acho que ele merece.

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1997: Procura-se Amy (Chasing Amy)

É o meu favorito do Kevin Smith (by far). O engraçado é que só agora que eu abri a página no imdb que eu vi que a personagem principal se chama Holden, e aí lembrei de O Apanhador no Campo de Centeio e gostei ainda mais de Chasing Amy, hehe. Enfim, não sei se por identificação ou o que, mas é mais um daqueles que eu assisto ‘n’ vezes, acompanho as falas e estrago o filme para quem está vendo pela primeira vez, uhu!

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1998: Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (Lock, Stock and Two Smoking Barrels)

Divertidíssimo, e acabou rendendo vários “clones”, pelo menos de estilo (misturando ação com comédia) – e não estou falando de Snatch, até porque também é do Guy Ritchie. Pela que ele começou a errar a mão depois disso (está vindo um Sherlock Holmes aí O_o). Bom, com Lock, Stock… fecho a segunda parte da lista. Até que dessa vez foi bem mais fácil, hehe.

5 comentários em “O Melhor Filme de Cada Ano Em Que Estive Viva (II)”

  1. Essa segunda parte da sua lista ficou bem interessante Ana.
    Tem alguns aí que ainda não conheço,como esse Ladrão de Sonhos do Jeunet(só por ser do Jeunet já merece toda atenção),Procurando Amy e o de 1990,que me deixou bastante curioso para conferir.
    E sem contar que você citou bastante coisa fina como Natural Born Killers e Trainspotting.

    Continuando minha carona na sua lista:

    1990:Os Bons Companheiros(Martin Scorsese)
    1991:Delicatessen(Jean Pierre-Jeunet/Marc Caro)
    1992:Os Imperdoáveis(Clint Eastwood)
    1993:Um Dia de Fúria(Joel Schumacher) :grinlove:
    1994:Um Sonho de Liberdade(Frank Darabont)
    1995:Seven(David Fincher)
    1996:Segredos e Mentiras(Mike Leigh)
    1997:Boogie Nights(Paul Thomas Anderson)
    1998:O Grande Lebowski(Joel Coen)

  2. oi

    Do Kevim Smith eu prfiro O Balconista

    Ora, o que tem colocar um filme com valor sentimental e sessão da tarde? :think:

    Alguns são verdadeiras pérolas de bom cinema. :joy:

    abs

  3. Ahhh, o problema é justamente o valor sentimental. Aí fica injusto com os outros filmes, que eu não vi com aquele fator ‘nostálgico’. Mas eu vou preparar uma lista de filmes nostálgicos em breve :g:

  4. Você disse ainda bem que não teve que dividir em três partes de dez, e eu que quando for fazer a minha será três partes de onze cada?rs
    Dessa segunda parte eu vi apenas três, “O Silêncio dos Inocentes”, “O Estranho Mundo de Jack” e “Assassinos Por Natureza”, e sem sombra de dúvida o meu preferido é o segundo, uma animação que consegu fugir daquele lugar-comum de contos de fadas bonitinhos e/ou engraçadinhos, e vai numa linha bem distorcida e surreal.
    Até mais =)

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