Músicas injustiçadas

formatura.jpgHoje saindo da casa da minha mãe, estava lá eu escutando uma musiquinha básica quando começa a tocar We are the Champions do Queen. E olha só que absurdo: eu, por um segundo, baixei o volume meio envergonhada pensando “Credo, essa música de fim de cerimônia de formatura…”

Isso que eu estava usando fone de ouvido.

Aí pensei “Quer saber? Dane-se, adoro essa música!” e coloquei no volume máximo e saí cantarolando bem serelepe e faceira, mesmo que eu não fosse uma formanda, sequer jogadora de algum time campeão da Copa da UEFA.
Não consigo entender porque algumas músicas acabam marcadas pela breguice de quem não soube utilizá-las. We are the champions, por exemplo, é uma música fo-da, e eu não quero ficar lembrando de gente de beca se abraçando e chorando quando a escuto. Mas é inevitável. E pior, têm outras que acabaram sendo extremamente injustiçadas pelo mal uso de certos bocós.

The Blower’s Daughter, do Damien Rice, por exemplo. Música linda, que foi esculhambada por dois fatores: a) exposição exagerada (sempre ela!) e b) aquela versão deusolivre em português. Pronto. Até hoje quando escuto o “And so it is…” dou uma torcida de nariz. Isso para não falar das ‘n’ músicas bacanas que foram tema de novela, uh la la.

Vou ter que decidir: ou o contato com situações embaraçosas provocadas pela humanidade (formatura, novela e copa da uefa) ou a música. Hum.

Em tempo: hoje recebi um sinal divino para escrever qualquer coisa sobre Nirvana. Primeiro, porque hoje é aniversário do Hollywood Rock mais foda de todos os tempos (a primeira noite, com De Falla, Alice in Chains, Biquini Cavadão e Red Hot foi exatamente dia 22 de janeiro de 1993, dá para ver uma reportagem da primeira noite aqui). Na noite seguinte teve o Nirvana, embora eu lembre que na época eu tinha ficado um tanto horrorizada com a performance do Kurt (do Edu K balangando o pinguela não, né? ah tá).

Não, mas isso não bastou para se concretizar o sinal divino. É que logo depois ouvi Smells Like Teen Spirit, sacou, sacou? Então, aí prestei atenção no refrão que toca há mais de 10 anos, e fiquei chocada com a atualidade da música:

With the lights out it’s less dangerous
Here we are now
Entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now
Entertain us

Uou. Consigo visualizar um monte de miguxa se abraçando e cantando isso. Mas enfim, agora que eu soltei a franga ouvindo Queen e comentei sobre Nirvana, acredito que os deuses do rock estão menos chateados comigo e tenho certeza que tirarão do meu caminho essas bandas de m* que têm surgido. Iupi!

4 comentários em “Músicas injustiçadas”

  1. Mercury rebolava mais gostosinho que ela, sério. Não tô nem considerando a parte musical da coisa porque não tem como comparar, na minha humilde opinião :dente:

  2. Para minha sorte, não sofro com isso.

    A própria versão brasileira de Blower’s Daughter é uma coisa rara de se escutar por aqui. Toca em 1 única rádio e não é sempre. Qualquer coisa do Queen então, é mais raro ainda.

  3. “We Are The Champions” é extremamente injustiçada, IMO. E a situação só piorou quando as três bestas restantes do Queen liberaram a música pro Robbie Williams fazer uma versão…deplorável, assim por dizer.

    E minhas iemãs foram nesse Hollywood Rock de 1993!!! :joy:

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