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Bom, estou lendo Alta Fidelidade pela duzentésima vez. A releitura começou porque lembrei de um trecho no qual o protagonista falava de uma antiga namorada, mas acabei me empolgando e fui para o início. A vantagem da releitura é que agora não imagino mais o John Cusack como Rob Fleming, mas sim o Guilherme Weber, hehe.

Enfim, sobre o trecho que eu estava procurando:

” – Eu sabia.
– O quê?
– Você está passando por uma dessas fases de o-que-significa-tudo-isso.”

Sabe? Eu sempre fui um Rob Fleming numa eterna fase de o-que-significa-tudo-isso, destrinchando meu passado para entender onde foi que eu errei. Justamente por isso não estou conseguindo me adaptar com o papel de Charlie que esses estranhos reencontros estão me oferecendo.

“Estranhos reencontros? Do que você está falando, Anica?” Ahn, bem. Eu acho que vocês de alguma forma também devem estar passando por isso, através de uma das crias do Sr. Google, o Orkut. Aparece fulano, “Quanto tempo!!”, te adiciona no msn e começa aquela conversa sobre os velhos tempos.

Com isso, estou chegando a conclusão que não existe nada mais bizarro do que alguém do seu passado te dizer como você era. Se algum amigo atual diz “Você é uma pessoa complicada, pira muito e é super insegura”, rola uma auto-análise e você pode até concordar com ele (eu concordaria, he he).

Mas no caso do que você era, como saber? “Você era cruel e não dava a mínima”. É lógico que na hora que for pensar nisso, o farei de acordo com o que sou agora e acharei completamente injusto o conceito que o fulano faz de mim, mesmo porque não vou lembrar porque cargas d’água ele fez esse juízo a meu respeito.

Moral da história? Orkut é uma coisa do mal, e todos vocês deveriam ler Alta Fidelidade.

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