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SOBRE COPPOLAS, VAMPIROS E MAFIOSOS

Queria saber se eu sou a única criatura que, por reduzir a vogal após uma tônica, se enche de pudores ao pronunciar ‘Có’ppola e por isso fala Co’ppó’la? A questão é de pira puritana mesmo, não lingüística.

Piras à parte, vamos ao que me levou a esses pensamentos. Assisti uma versão espanhola de Dracula nesse final de semana. Foi rodada simultaneamente (e às pressas, lógico) com o Dracula do Bela Lugosi. Dizem os críticos que é melhor que o Dracula do Lugosi, mas como eu dormi quando assisti a versão americana não posso dizer ao certo.

É um pouco difícil falar a respeito do filme, mesmo porque não quero soar injusta. Tem lá suas qualidades, ainda mais se formos considerar o ano de produção mas… mas… mas… AHMEUDEUS!! MAS NÃO É O DRACULA DO COPPOLA!!!!!!!!!!!

Pronto, falei.

É complicado, mas uma vez que você se apaixona por uma versão, fica quase impossível se desapegar. E essa versão do Coppola é *a* versão, um filme de encher os olhos mesmo. A única coisa que estraga é o Keanu Reeves, mas com o fato do Reeves estragar filmes acho que todos nós já estamos acostumados, não?

Falando em Coppola (he he he), eis que finalmente conseguimos assistir O Poderoso Chefão III (aqui rola uma piada interna, desculpæ). Dirigido por quem, por quem, por quem?!! Claro que pelo Coppola. O filme tem uma fama ruim, sempre dizem que não é tão bom quanto os dois primeiros. Eu tinha duas teorias para isso:

1. O filme revela o momento de decadência do Mike Corleone, ele já não é mais o jovem Don do primeiro, muito menos o Don fodão do segundo. E ninguém gosta de histórias de pessoas decadentes.

2. Não tem o Tom Hagen

Mas eu jamais poderia imaginar que um segundo Coppola apareceria criando uma terceira alternativa!! Tcharam!!! Senhoras e senhores: Sofia Coppola!!!!! Gee. Ainda bem que ela decidiu se esconder atrás das câmeras como diretora, porque como atriz é um fiasco mesmo.

Acabou que ela esculhambou quase todas as cenas nas quais aparecia, e olha que algumas eram bem importantes. Mas ela é o único mal? Não exatamente. Cheguei a conclusão que através da desculpa “Mike ensina Vince a ser Don”, muitos diálogos excelentes dos dois primeiros filmes são reaproveitados.

Aliás, isso a todo momento, só faltou aparecer um Clemenza dizendo “Leave the gun. Take the cannolis.” De desenvolvimento na trama mesmo só podemos perceber no Mike (bem menos impiedoso) e na Connie (que passa a entender os valores da família).

Sabe o que é mais bizarro? Mesmo com um monte de derrapão, o filme ainda assim é muito bom. A estranha coincidência é que normalmente envolvem a atuação (perfeita) do Al Pacino.

Depois não sabem porque pago pau para esse homem.

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