Encontros e Desencontros

Bom, confessando um dos lados chatos de se fazer Letras: você passa o semestre inteiro repetindo “Quando começarem as férias, vou colocar toda a leitura em dia”. Ok, a intenção de fato existe, mas a questão é que, quando começam as férias, você não quer nem saber de ler.

Eu tenho assistido um monte de filme e escutado muita música boa, pelo menos. Mas tudo bem, mais duas semanas acabam as férias e eu volto a ler.

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Por falar em assistido bastante filmes, finalmente assisti Encontros e Desencontros.

Eu gostei, e muito. É recheado de ótimos diálogos e Bill Murray está simplesmente perfeito no papel do ator que depois de fazer fama nos anos 70, curte um tipo de ‘declínio na carreira’, quando vai para o Japão gravar um comercial de whiskey.

Por se passar em Tóqui, é evidente que a questão do choque de culturas também é retratada. Mas no caso de ‘Encontros e Desencontros’ fica mais em segundo plano. Tudo é mostrado de forma bastante sutil, fugindo do óbvio do lá eles fazem assim, aqui eles fazem assado.

Mas sem querer ser chata e estragar surpresas, o que faz realmente valer o filme é o final. A parte em que Bob Harris sussurra algo para Charlotte e ninguém consegue entender o que se diz, é uma sacada brilhante, nada trivial. Qualquer final faria de ‘Encontros e Desencontros’ uma comédia romântica muito boa, mas apenas uma comédia romântica.

Ahh, e antes que eu me esqueça: a trilha sonora é perfeita. Aliás, tem momentos em que a música se torna importantíssima (é só perceber os olhares de Bob para Charlotte enquanto ela canta no karaokê e vice-versa).

E tem My Bloody Valentine na trilha!!

“Can you keep a secret? I’m trying to organize a prison break. We have to first get out of this bar, then the hotel, then the city, and then the country. Are you in or you out?”

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