A Head Full of Ghosts (Paul Tremblay)

aheadfullofghostsNão sou exatamente fã de listas intermináveis de atributos físicos de personagens (o famoso momento “e ele olhou para o espelho e viu um cara alto, de cabelos escuros, etc”), ambientações ou qualquer outra coisa que envolva descrições em livros. Confesso que meu cérebro costuma ignorar as informações passadas pelo autor, e aí eu meio que imagino as personagens como pessoas completamente diferentes do que é descrito no texto – por isso eu quase sempre sou a última no bonde da revolta na hora da comparação entre livro e adaptação para o cinema.

De qualquer forma, mesmo sendo rebelde e deixando de lado as orientações do autor, tem um tipo de livro que respeito e sigo direitinho até o fim: as histórias de terror. O terror depende muito disso, de você conseguir se transportar para o momento narrado, como se estivesse com outras personagens. Porque veja bem: terror (bom) vem armado de sutilezas, de pequenas sugestões, ideias plantadas em parágrafos que parecem cheios de irrelevâncias que vão crescendo em sua mente conforme a leitura avança. E Paul Tremblay me conquistou justamente por esse horror sutil em seu A Head Full of Ghosts. Assim, de desligar o kindle e ficar com medo de dormir com a luz apagada à noite.

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