Autobiography (Morrissey)

Morrissey_Autobiography_coverA autobiografia do Morrissey saiu lá fora já tem quase dois anos. Os direitos de publicação aqui no Brasil são da Globo Livros, que prometia a tradução para abril do ano passado mãããs, numa pesquisa rápida no site da editora eu não encontrei nada. Não sei o que pode ter acontecido, talvez o problema envolvendo a venda dos direitos pela Penguin (que, surpresa, surpresa, deixaram o Moz descontente). De qualquer forma: quase dois anos, e eu ainda não tinha lido. Logo eu.

Sendo bem sincera, a verdade é que aquele primeiro parágrafo gigante me enchia de preguiça, o que vencia qualquer curiosidade sobre o que Moz tinha a dizer sobre a própria vida (já comentei por aqui, não sou do tipo que se sente confortável esmiuçando a vida pessoal de artistas). Não sei se vou conseguir explicar, mas é mais ou menos assim: por exemplo, o A Arte de Pedir da Amanda Palmer é bem bacana, e eu admiro horrores a Amanda (às vezes acho que até mais do que o trabalho dela). Mas me incomodou profundamente o tom de justificativa para hater que o livro acabou tomando. Não estou dizendo que com isso o livro ficou ruim, mas aquela pontinha da justificativa desnecessária está sempre lá, cutucando.

E eu achei que o Morrissey seguiria por esse caminho, uma espécie de carta de justificativa, um mero “dar a última palavra” sobre assuntos do passado. Porque mesmo que você não dê a menor bola sobre a vida do Morrissey, é impossível não ficar a par das inúmeras polêmicas em que ele acabou se envolvendo durante sua carreira. São muitas. O cara é um pára-raio de treta. Mas então lá vamos nós, começando na infância do músico…

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Mozipedia: The encyclopedia of Morrissey and The Smiths (Simon Goddard)

Para quem viveu os anos 80 ou mesmo para quem gosta da cultura daquela década, é impossível falar de música sem citar a banda The Smiths. Formada em 1982 e liderada por Steven Patrick Morrissey (mais conhecido pelo sobrenome, Morrissey), o grupo apresentava muitos dos elementos principais das músicas mais populares daquela época, com letras bastante melancólicas falando sobre solidão e inadequação. Mesmo quem não consegue relacionar o nome à música, provavelmente já ouviu em algum momento hits como Heavens Knows I’m Miserable Now, How Soon Is Now?Bigmouth Strikes AgainPanic eAsk.

Mas como é bastante comum na história de muitas bandas de rock, um desentendimento entre Morrissey e o guitarrista Johnny Marr acabou levando ao fim da banda cinco anos após sua formação original. A partir daí Morrissey seguiu uma (muito bem) sucedida carreira solo, com músicas ainda bastante similares ao estilo dos Smiths e outros grandes hits, como Everyday is Like Sunday e Suedehead – carreira essa que continua até os dias de hoje, sendo que o último álbum do músico (Years of Refusal) saiu em 2009.

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Morrissey

Semana passada ele fez 50 e eu acabei deixando passar batido aqui no Hellfire, shame on me. Porque veja bem, minha adolescência (e o que eu sou hoje) não teria sido a mesma se em algum momento eu não tivesse ouvido esse cara cantando versos como “I am human and I need to be loved, just like everybody else does” ou ainda “The more you ignore me, the closer I get. You’re wasting your time“. Não tirando os méritos do Marr, que é também “culpado” pelos Smiths estarem no meu top5 de bandas favoritas, mas veja bem, a carreira solo do Moz também foi muito importante para mim.

Quando a banda acabou em 1987 eu ainda nem me ligava em música. Então eu poderia até conhecer algumas canções, mas significa que eu sabia o que era. Aí em 1995, eu lá com meus 14 anos e mil minhocas na cabeça, fui re-apresentada para a banda, através de uma fitinha cassete que copiei com muito gosto. Tinha uma seleção de melhores dos Smiths, e daí para partir para o Morrissey solo não demorou muito. Vocês não imaginam minha felicidade quando finalmente consegui comprar o Vauxhall and I (lançado em 1994), por exemplo.

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2009 será um ano bom

Qualquer ano com disco novo do Morrissey tem que ser um ano bom, certo? Era para sair em 2008, mas chega dia 16 de fevereiro de 2009 o “Years of Refusal“. O Phantom Lord foi batuta não só contando isso para mim, mas também passando um das faixas do álbum, I’m Throwing My Arms Around Paris, e o que eu tenho a dizer é que é Moz, do jeitinho que eu gosto do Moz. Outra faixa de Years… que já tem rolado por aí é That’s How People Grow Up, que no ano passado teve até clipe no top10 da MTV brasileira, então acho que vocês já conhecem a música e sabem que é bem legal também.

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Outra da série: CDs que eu fico feliz que alguém tenha me apresentado um dia

Qual? No caso foi uma fitinha cassete com uma seleção de músicas
De quem? The Smiths
Quem apresentou? Luana
Quando me apresentou? 1997

A sensação que eu tenho é que escuto Smiths desde que me conheço por gente. Eu lembro das festinhas de garagem que rolavam quando eu tinha entre 7-9 anos de idade, onde minha tia Luana (com uns 15 aninhos na época) dançava um monte ao som de Cure, Talking Heads e… Smiths. Vai ver por isso o som sempre me soou familiar.

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