iZombie

izombieEu poderia estar com Better Call Saul em dia, poderia ter terminado a primeira temporada de Constantine e começado a segunda de Hemlock Grove, mas aqui estou eu, conferindo mais uma série de zumbis. E sabe, dois episódios ainda não bastam para afirmar com toda certeza, mas o negócio é que eu curti o que vi até agora.

Criada por Rob Thomas (não o do Matchbox 20, o da série Veronica Mars) iZombie é basicamente um mexidão do que se tem na tv atualmente. Sabe, como se as séries mais populares tivessem todas se unido e formando um megazord ou coisa assim. É baseada em HQ, passa na CW, envolve investigações e “o caso do dia”, tem humor, tem drama, tem casal para shippar e sim, o óbvio, tem zumbi. Não vou ficar surpresa se de repente do nada aparecer um dragão na tela. Na falta de tempo para ver de tudo, de repente investir em iZombie pode ter sido uma boa escolha.

A série conta a história de Liv, garota com tudo meio definido em sua vida até sofrer um ataque bizarro em uma festa em um barco. No dia seguinte ela acorda transformada em um zumbi e por causa disso abre mão dos planos para a carreira, vai trabalhar em um necrotério (onde tem fácil acesso aos cérebros que precisa comer), termina o noivado (porque conclui que com sexo ela transformará o noivo em zumbi) e (aqui a parte que vai fazer a série durar), descobre que ao comer o cérebro de uma pessoa, passa a ter visões sobre o passado do morto, assim como adquire alguns traços da personalidade do sujeito.

É, eu sei. É meio absurdão.

Mas acho que até por não se levar muito a sério é que fica tão divertido. Toca mesmo o botão do foda-se e convida logo de cara quem assiste para fazer o mesmo, o que fica nítido não só com o plot amalucado, mas mesmo com a maquiagem toscona. Aliás, boa parte das piadas são na realidade tiração de sarro com a própria condição da série, como quando Blaine fala para uma mulher ao revelar que é um zumbi:

“Oh, you’re the trend-spotter, I should ask you. Zombies… I heard we’re finito. Is that, is that true? Has over-saturation buried us? I don’t know, I think we’re gonna surprise some people. I mean, what  did LL Cool say? Don’t call it a comeback, right?”

Não vou nem falar da quantidade gigante de trocadilhos com termos relacionados (como o buried e comeback dessa citação).

A parte dos crimes em si é bem previsível e meio bobinha até na tentativa do twist, mas convenhamos, acho que a esta altura já ficou nítido que o que menos importa é o “crime do dia” – ele serve mais como um extra para garantir que a série não tenha vida curta, nem se concentre apenas em Liv buscando uma cura para seu estado.

Pesquisando sobre a série acabei lendo um pouco sobre a HQ que deu origem e olha, parece que tem bastante diferença. Publicada pela Vertigo e criada por Chris Roberson e Michael Allred, parece que a iZombie do papel é ainda mais maluca do que a série (talvez até mais divertida?). Dá uma olhada no resumo do IGN para ter uma ideia do que quero dizer:

Gwen Dylan is a gravedigger in an eco-friendly cemetery… and a zombie detective. Once a month, she has to eat a human brain – both to keep from going all “Night of the Living Dead,” and to keep her own memories intact. As a result, Gwen’s mind is crowded with the dead person’s thoughts. And lately, she feels compelled to fulfill their final requests. Torn between a mysterious mummy and a dashing young monster-hunter, Gwen is set for adventures beyond imagination! A were-terrier, a swinging ’60s ghost and a pack of paintball blasting vampires complete the cast of I, Zombie.

A série de tv começou a passar na CW no dia 17 de março, ou seja, o terceiro episódio só sai agora na próxima terça, dia 31. Para quem ficou curioso, dá tempo de ficar em dia e começar a acompanhar. No Brasil ainda não tem data de estreia (mas confesso que fiz uma pesquisa meio preguiçosa para a informação, se alguém souber de algo comenta ali que eu arrumo aqui).

E vai aí um trailerzinho para o caso de a coisa toda ser tão sem pé nem cabeça que eu não tenha conseguido explicar direito com palavras, há.

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