Sonetos de Amor Obscuro e Divã do Tamarit (Federico García Lorca)

lorcaAlguns escritores parecem estar sempre por ali, chamando seu nome, para que você finalmente os conheça. Nomes que aqui e acolá se repetem com tamanha frequência que passam a ser familiares, mesmo que você nunca tenha lido algo do autor em questão, até que decida finalmente conferir. Um dos casos mais recentes que aconteceu comigo foi o do espanhol Federico García Lorca, que pude finalmente conhecer (sobre a oportunidade falo mais além). O interessante é que peguei o livro Sonetos de Amor Obscuro e Divã do Tamarit sem saber absolutamente nada do que esperar, por mais que o nome do autor já fosse conhecido. Literatura espanhola. Se tem soneto no título, é poesia. E meus palpites acabavam aí.

A primeira surpresa é uma “Apresentação do tradutor”, no caso William Agel de Mello. Sempre respeitei o trabalho dos tradutores, mas se tem algo para que eu realmente tiro o chapéu é para tradutores de poesias, e o que de Mello comenta nesse texto introdutório ilustra muito bem as dificuldades de quem tenta transmitir para outra língua os versos de alguém. Achei positivo esse destaque dado ao tradutor, porque dá uma sensação de terreno seguro que eu (pessoa que não fala absolutamente nada de espanhol) acabo precisando para começar a leitura. Logo adiante, a segunda surpresa: trata-se de uma edição bilíngue, o que deve ser um prato cheio para quem entende espanhol (de minha parte fiquei arranhando um espanhol com sotaque la garantía soy yo só para tentar sentir o ritmo dos poemas de Lorca, confesso).

Continue lendo “Sonetos de Amor Obscuro e Divã do Tamarit (Federico García Lorca)”