Supernatural Season Finale

Então que na sexta foi ao ar um especial de duas horas de Supernatural, com dois episódios encerrando essa que foi provavelmente uma das piores temporadas da série. Aliás, o modo como foi concluída a temporada já dá uma dica bem clara de como os roteiristas estavam perdidos atirando cegamente para todos os lados para ver se acertavam algo. Ok, vamos lá, toca Carry on my wayward son.

O penúltimo episódio, Let it Bleed (S06E21) veio para alinhavar de vez a bagunça que foi na maior parte do tempo toda sobre Eva, para aí descobrirmos que ela era só um “efeito colateral” da busca de Crowley e Castiel pelo purgatório. Finalmente eles descobrem como chegar ao purgatório, o que inclui trazer uma personagem aleatória dessa temporada como o tal do “ah, a resposta estava na sua cara o tempo todo”. Apesar disso tudo, o episódio foi bem legal e até merecia ter sido o último, porque tinha mais a ver com o que se viu durante a temporada do que The Man Who Knew Too Much (S06E22), que foi um samba do crioulo doido.

Já falo dele, vamos só fazer mais uns comentários breves sobre o penúltimo. Primeiro, eu não tinha me dado conta de como Balthazar era uma personagem legal. Pena que só percebi isso meio tarde demais, há. Outra: sou só eu que acho as motivações de Crowley meio forçadas para se associar ao Castiel? Em nenhum momento me pareceu que o purgatório precisava necessariamente de um anjo para ser encontrado, e Crowley é tão badass durante toda a série, por que não conseguiria fazer isso sozinho?

Enfim, chegamos ao último episódio. Quando falo de samba do crioulo doido é porque todas aquelas ‘n’ narrativas que se abriram ao longo da sexta temporada eles tentaram de alguma forma resolver, ou pelo menos deixar no ponto para a sétima. E isso foi um problema, vide o caso de Sam, que abre o episódio com amnésia, sem lembrar de nada (acho que já vi isso antes) e aos poucos vai recuperando a memória. Isso aqui serviu para finalmente chegarmos naquele momento em que Sam lembra o que viveu no inferno, o que em teoria poderia significar até a morte dele.

Bom, acontece que com a questão das portas do purgatório para fechar, não foi dada muita trela para o assunto e aí só o que temos é Sam fazendo umas caras de que está segurando o cocô até chegar na privada e bem, é isso. Acho que vão desenvolver melhor na sétima temporada (lá vem o Sam ficando malvadão de novo…) mas de qualquer forma eles não precisavam ter feito a barreira da memória dele cair justamente nesse episódio, porque tira o foco da coisa.

Aí tem Crowley novamente. Como é que o sujeito aceita as novas condições de Castiel, “fugir ou morrer” tão na boa? O que é que o impedia de fazer o serviço sozinho? Achei que isso ficou muito mal explicado, embora a atitude seguinte dele tenha bastante a ver com a personagem: se unir a Rafael. E encurtando uma história comprida, eis que descobrimos que Castiel deu uma de diabrete e enganou Crowley e Rafael, mesmo que isso fosse completamente contrário a sua personalidade (oi, ele não sabe mentir, foi dito isso no episódio anterior, lembram?).

E a conclusão é que Castiel conseguiu as almas do purgatório e agora pensa que é Deus. A notícia boa é que pelo menos a sétima temporada já começa com um objetivo claro, os Winchester terão que parar Cass (o que significa que os roteiristas não ficarão criando um monte de coisa nada  a ver como foi neste ano). A má notícia é que provavelmente isso não sustentará uma temporada inteira, então dá-lhe Sam emo lutando contra o mal que existe dentro de si e Dean tomando muito whisky porque é só o que ele tem feito.

No final das contas é meio triste ver uma série bacana como Supernatural chegar a esse ponto. Claro, vou continuar assistindo porque tenho esperanças que de repente a sétima temporada melhore, ou que pelo menos ela seja a última. Mas pensar em conclusões de temporada como a da primeira ou da segunda, dá até uma pontinha de saudades daquela época.

Ah, em tempo: pelo menos a Lisa não volta a encher mais o saco. Quer dizer, isso se algum roteirista não resolver que vale a pena trazer a moça mais uma vez para a trama para mais momentos de Dean emo bebendo muito whisky e sofrendo pela vida que não tem com ela. Blé.

 

5 comentários em “Supernatural Season Finale”

  1. Ah, Anica… Finalmente eu vim ler o que você escreveu sobre o episódio final dessa temporada.
    Posso sentar e chorar?
    Você sabe que há um monte de pessoas que adoraram o final e acharam o máximo?
    Graças aos céus não sou a única louca (que qualquer dia vai ser apedrejada pelos outros fãs maluquetes de SPN) que viu quão ruim foi a sexta temporada.
    Plots mal explicados, mal escritos, mal engendrados, mal gravados, mal interpretados…
    PQP, que pavor!
    E pensar que fizeram essa eca com minha série mais amada depois XF…
    Eles não tem coração. Até mesmo Zumbis escreveriam melhor…
    Estou no mesmo barco que você. Vou assistir a sétima temporada para ver se alguma coisa dá para se salvar e se ela finalmente é a ultima. Porque para continuar como ela está é melhor acabar e acabar rápido.
    Confesso tanbém que vou assistir pq sou totalmente viciada naqueles dois irmãos… Mas sou uma viciada consciente! hahaha.
    Adoro suas análises e comentários. Parabéns… E obrigada pela companhia, jurava que era a única que via aquelas desgraceiras todas. AFF!

    1. Eu não consigo acredita que tem quem gostou do final dessa temporada, foi muito mal elaborado. A temporada toda foi. A sensação que eu fico é que a saída do Eric Kripke fez a qualidade cair veriginosamente, como se sem ele os roteiristas começassem a se dar liberdades que antes não se davam (vide o Castiel mentindo, ou o que estão fazendo do Dean, que pouco tem a ver com aquele cara engraçado da terceira temporada).

      Isso para não falar na economia para a trilha sonora >

      1. Oi, Anica!
        Eu leio muita fanfic por aí e sabe qual foi a impressão que eu tive? De que os roteiristas andaram sem muita criatividade e resolveram aproveitar um monte de plot surgido em meio a essas histórias. E tem também alguém, não sei se a manda-chuva, querendo contentar determinados tipos de fãs. Claro que não é ruim isso, se eles houvessem respeitado a mitologia da série e principalmente a personalidade de cada personagem… Deu no que deu. Quando fiquei sabendo que o Erik Kripke tinha idealizado o episodio final (depois de assisti-lo) bateu aquela sensação de “vamos ver o que dá para salvar dessa mixórdia”.
        Eu provavelmente irei assistir até o final. Mas se for ruim, vai ser com lagriminhas nos olhos e coração partido.
        Ô saudades da primeira e segunda temporada… A essas alturas até da quinta eu sinto falta.
        *bico*

        [Vc me respondeu! Que emoção! RSRSRSRSRSRSRSRSRSRS]

  2. 500 anos depois eu resolvo voltar a assistyir a série e,como sempre faço, ler suas precisas resenhas aqui no Hell. :]
    Aproveito pra comentar uma coisa que não escrevi lá no valinô e que você escreveu aqui: a trilha sonora praticamente inexistente!
    Cadê aqueles clássicos maravilhosos tocando no impala, né?
    Muito triste, pelo menos isso eles podiam manter. :/

    1. eu nem lembrava que tinha chegado até o final da sexta hahahaha

      sim, o negócio da trilha é muito triste. eu lembro que da primeira para a segunda já tinha dado uma caída, mas ainda era constante (é meio que parte do dean, né? essa ligação com classic rock). mas depois foi diminuindo, diminuindo ao ponto de quase ficar só para a abertura e encerramento da temporada.

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