True Blood S03E08: Night on the Sun

Eu não quero ser sexista, até porque é um discurso que soa estranho partindo de uma mulher. Mas vá lá, pega a lista dos diretores dos sete episódios anteriores de True Blood, e depois veja quem dirigiu Night on the Sun (S03E08). Uma mulher. E o que se vê ao longo de quase todo o tempo? Uma espécie de Crepúsculo meets True Blood que chega a dar vergonha alheia – e olha que eu li a série da Meyer e me diverti. Fico imaginando como foi o diálogo entre Bill e Sookie logo que ela acorda para quem odiou a saga Crepúsculo.

“Nhé nhé nhé, eu quero que você tome banho de sol, tenha filhos e uma vida normal, nhé nhé nhé”. Edward, sai desse corpo que não te pertence! E se for notar, todo o episódio foi construído principalmente na questão dos relacionamentos. As poucas “fugas” da melação foram Sam e família bizarra (que acho que é meio que de opinião geral que tá meio chato), Arlene pirando com o bebê que está por vir e bem, o Eric (que uou, finalmente trocou de roupa. Foram quantos episódios com aquele suéter azul, heim?).

Temos um primeiro momento totalmente crepusculiano e aí quando você pensa que a coisa vai ficar legal porque Bill volta para casa para “liberar” Jessica do laço que os une, e aí de novo melação. Lógico, a Jessica é uma personagem muito legal, então o diálogo não foi tão constrangedor quanto o inicial, foi bonitinho o jeito dela de contar que entendia o Bill por causa da relação dela com Hoyt – mas de novo estamos falando de corações partidos e casais que vivem um amor impossível (blé).

Nesse meio tempo temos Jesus com Lafayette (mais casal), e eu estou achando que vão fazer do Lafayette um bruxo ou algo que o valha – por conta da conversa da doida da mãe dele, e das inúmeras referências à bruxaria que apareceram na história. Incluindo Holly, que era personagem do quarto livro, mas de repente a ideia da série é agora começar a mesclar um pouco as coisas para não ter que prometer mais de dez temporadas para dar um desfecho para a série, hehe.

Crystal e Jason, melação de novo. E como todo mundo já sabe que Jason é burro feito uma porta, as ações dele nesse episódio não surpreenderam em nada. Na realidade, quando ele pega a arma eu primeiro pensei que era para matar o Bill (kill Bill, há!) como ele tinha prometido para Sookie, mas ahhhh, claro que ir atrás da família da guria era bem mais o tipo de reação dele. Enfim, será embromação para mais quatro episódios. Meu palpite é que a participação de Jason nessa temporada acaba com pai e noivo “sequestrando” o rapaz para dar uma boa sova nele.

Continuando a melação, fica no ar que Alcide e Sookie em outra situação ficariam juntos (oi, o que foi aquela fungada no cangote dela?). Pelo menos serviu como um motivo pelo qual a garota não matou a Debbie logo de cara – prestem atenção ao número de vezes que fazem piadas de duplo sentido com ela usando o termo “bitch”, já até perdeu a graça. E é nesse encontro com Debbie (e Russell) que o episódio ganha alguns pontos positivos.

Começa com Bill chamando Russell para a briga, e bem, apanhando. Jessica dando um jeito no lobisomem (com Hoyt passando de carro por perto) ficou bem legal também. E aí… aí o Eric faz aquilo com Talbot. Eu quero ver qual é o plano genial do xerife para se livrar dessa. E também quero saber porque a mensagem dele para Sookie foi “Não confie em Bill”.  E eis que Stephen Moyer está se especializando em fechar o episódio com cenas de sexo, heim. Pelo menos sem pescoços torcidos. Enfim, foram os momentos que fizeram valer mesmo. A melação toda eu dispenso. Aliás, fiquei curiosa sobre a reação do pessoal que não curte Crepúsculo mas gosta de True Blood para esse episódio, sério.

9 comentários em “True Blood S03E08: Night on the Sun”

  1. Eu curti o episódio e tu sabe que eu não gosto de Crepúsculo. Na verdade eu vi mais paralelos com Entrevista com vampiro do que com Crepúsculo, que também envolve romance, mas tem sexo e viadagem. 😛

    1. Eu acho que Entrevista com o Vampiro tem mais a ver com o Alcide do que com Bill e Sookie (ok, eu sei que ele é um lobisomem, mas ‘pera aí que vou explicar). A questão de aceitar ou não sua natureza – por um lado temos Lestat, que sabe que é um predador, do outro temos Louis, que fica lá choramingando até abraçar seu inner freak. O Alcide ainda é Louis. Tanto que ele reage ao ato do Bill como se fosse algo horrível, sem considerar que aquela é a natureza do Bill.

      E dava para ter focado nessa de “é minha natureza, aceite isso ou acabou”, mas personagens nesse episódio estavam muito mais naquela ladainha de “a vida q vc merece eu não posso te dar, mimimi” – como vemos em Crepúsculo. Mesmo Crystal fica toda hora repetindo para Jason que o amor deles é impossível, que precisa fugir. O mesmo para Jessica e Hoyt.

      Enfim, eu teria gostado muito mais do episódio se fosse mais focado nas consequências do assassinato do Magistrado e bem, no que se viu no final. A parte de que um não pode oferecer a vida que o outro merece a gente meio que já sacou, até porque já faz parte do pacote, digamos assim =F

  2. Eu só achei apelação demais com o fator sexo e tals..
    Todo mundo resolveu liberar geral nesse episódio.
    Só faltou a Jéssica pular na frente do carro no Hoyt ali no final e fazer um sex animal no meio da estrada.

  3. Fábio Kabral – Fábio Kabral é escritor, autor dos romances “Ritos de Passagem” e “O Caçador Cibernético da Rua 13“. Escreve também em seus blogs e redes sociais. Ator formado pela Casa das Artes de Laranjeiras, estudou Letras na UFRJ e na USP. Um dos fundadores do site “O Lado Negro da Força“. Já trabalhou como ator, dublador, livreiro e analista de mídias sociais. Palestrante de temas relacionados a afrofuturismo, afrocentricidade, candomblé, literatura fantástica, cultura pop e criação literária. Iniciado no candomblé e filho de santo do terreiro “Ilê Oba Às̩e̩ Ogodo“.
    Ka Bral disse:

    Eu curti bastante o episódio e detesto Crepúsculo – nem pensei nessa merda enquanto assistia. A melação não me incomodou muito não, as pessoas são mesmo ridículas nessas picuinhas de amores imbecis, então tanto faz. Achei adequado para este episódio, desde que não prolonguem para os próximos.

    Jessica foi EXCELENTE nesse episódio, até mesmo na melação. Gostei de ver ela e Bill se consolando e se entendendo. Foda-se o Hoyt, sério. Mas todos sabemos que ela ficará com esse mané no final… Acho que prefiro vê-la com o irmão do Sam, que, apesar de ser retardado, é mais macho.

    Aliás, essa família retardada do Sam já deu o que tinha dar. Tomara que revelem logo o tal “terrível segredo” – se você souber pelos livros diga-me logo o spoiler, por favor. ;D

    Tara, né? Vai ficar perturbada aí até o fim da temporada.

    Lafayette e o tal Jesus. Comam-se logo e sejam felizes. Tomara que o negão exiba uns poderes de macumba, ia ser mó legal! RISOS.

    Há! Olha esse Eric. Vai se livrar como agora do Todo-Poderoso Rei?

    Sookie e Bill. Meh. Já aprendi a conviver com essa chatice. Queria que pelo menos ela tivesse soltado raios pelas mãos na luta.

    1. Credo, que bizarro teu comentário ter ido para moderação, Ka Bral O_o

      Em um ponto você tem razão: desde que não prolonguem demais a melação, sem prejuízos para o todo.

      Sobre Sam, é uma linha narrativa meio alternativa aos livros, pelo menos do que eu lembro (eu não li o último, Dead in the Family, que reza a lenda lida com as famílias das personagens), mas eu sinceramente acho que não sai mais nada do que encheção de saco para ele. Do tipo: ok, Tommy se transformava em cachorro e brigava para fazer dinheiro para uma família lixão total. E é isso. E talvez por isso encha tanto o saco, o Sam só toma na cabeça, coitado.

      1. Fábio Kabral – Fábio Kabral é escritor, autor dos romances “Ritos de Passagem” e “O Caçador Cibernético da Rua 13“. Escreve também em seus blogs e redes sociais. Ator formado pela Casa das Artes de Laranjeiras, estudou Letras na UFRJ e na USP. Um dos fundadores do site “O Lado Negro da Força“. Já trabalhou como ator, dublador, livreiro e analista de mídias sociais. Palestrante de temas relacionados a afrofuturismo, afrocentricidade, candomblé, literatura fantástica, cultura pop e criação literária. Iniciado no candomblé e filho de santo do terreiro “Ilê Oba Às̩e̩ Ogodo“.
        Ka Bral disse:

        Como assim, meu comentário foi pra moderação? Qual moderação? O_o

        Ah, mais uma ou duas coisas que esqueci de apontar:

        – Olha, por mais que eu adore a Jéssica, é constrangedor ver um lobisomem marmanjão apanhar feio de uma menina que virou vampira ontem. Esses lobinhos são fracos demais, assim não dá pra levar o Alcides a sério quando há cena de briga – que adianta ele chegar lá e peitar o Bill se é muito mais fraco?

        – Jason não fazer merda é o mesmo que Eric não ser um filho da puta manipulador – ou seja, é o que se espera do personagem. Normal… mas esse lance da Crystal tá enchendo já. Vamos ver…

        – Quero MUITO ver algum humano do elenco principal virar vampiro. A Jéssica não conta porque nos foi introduzida já como futura vampira. Quero ver qualquer um do elenco principal se tornando vampiro. Sei lá, acho que seria legal… já imaginou a chatíssima Arlene vampira? RISOS.

        1. é um treco que deixa a msg pendente, eu tive que liberar. mó estranho, depois vou dar uma olhada nas configurações do blog =S

          sobre um dos humanos virando vampiro, eu tb queria – e ó, o mais engraçado é que pensei justamente na arlene. seria engraçado, ela com todo aquele preconceito virar vampira um dia hehehe

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