Para rir

bjork.jpgEu não sei sobre vocês, mas no meu caso “rir da própria desgraça” quando o “própria” se refere à nação, e não ao indivíduo, fico aqui achando que somos meio bocós. Não estou dizendo que deveríamos nos enforcar no pé de tomate mais próximo, mas esse negócio de ficar fazendo piada do que estamos vivendo no Brasil atualmente talvez alivie um pouco as coisas. Tínhamos mais é que resmungar, reclamar e fazer muito barulho, para que não tivéssemos que ouvir a Suplicy falando de epidemia de fofoca, por exemplo.

Ei, não fuja, não é um post ranzinza! Na realidade, eu queria falar da diferença entre ter senso de humor e ser bocó (ou seja, ficar rindo de qualquer coisa), isso para dizer que aqueles com senso de humor se divertiriam bastante com as duas dicas de comédias que eu tenho para dar.  :eba:

Mandando Bala: Foi lançado no Brasil em novembro do ano passado mas acabei assistindo só agora no começo do ano. Se você não tem senso de humor, é o típico filme do qual você sai da sala de cinema dizendo “Poutz, que coisa idiota!” Agora, se você é daqueles que ainda acredita em cinema para se divertir, é impossível não morrer de rir com esse filme. Clive Owen interpreta um sujeito muito bom de mira, que de repente se vê no meio de um rolo envolvendo uma criança. A cena inicial, com ele matando um cara com uma cenoura é um aviso: meninos, não levem esse filme a sério. Morri de rir, mesmo. Tem Monica Belluci no elenco (e em uma cena de sexo que provavelmente aparecerá no próximo MTV Movie Awards :hihihi: ).

Hot Fuzz: O pessoal de Shaun of the Dead agora resolve parodiar os filmes de ação no estilo Caçadores de Emoção (aquele dos caras que assaltavam bancos com máscaras de presidentes dos Estados Unidos, lembram?). Se você torceu o nariz para o “parodiar” pensando que tem algo a ver com os Tá todo mundo em pânico da vida, fique tranqüilo, não tem nada a ver com isso. Um policial com qualificações muito acima dos oficiais comuns acaba sendo transferido para uma cidadezinha no meio do nada, extremamente pacata e, obviamente, um inferno para ele. Não sei qual é a data de lançamento por aqui, mas na Valinor comentaram qualquer coisa sobre já estar passando na tv a cabo.

Concluindo: meninos, parem de rir da nossa situação. Ela não é engraçada. Se é para rir, vá atrás desses filmes. Reparem na sutil diferença entre tornar algo que não é engraçado nisso e a de aproveitar algo que foi feito para ser engraçado…

3 comentários em “Para rir”

  1. então, vou contra a corrente mas tenho que defender a marta. pra mim, o que ela falou é verdade. as pessoas exageram.

    aliás, não vi problema nem no caso do ‘relaxa e goza’. quer dizer, como ministra, ela deve manter a postura, e fazer um comentário desse naipe perto da imprensa é errado na posição política em que se encontra. mas o mídia e o povo exageram, na boa. era uma brincadeira, engraçada até. será que as pessoas realmente acreditam que ela, pessoalmente, não dá a mínima para a população e o caos aéreo?

  2. Eu acho que o problema é que não vivemos em um verdadeiro mar de rosas, e vendo o caso da suplicy, está mais naquilo que você escreveu “como ministra, ela deve manter a postura, e fazer um comentário desse naipe perto da imprensa é errado na posição política em que se encontra”, somando a isso o número enorme de piadas que partem dessa declaração (lembro que na época do ‘relaxa e goza’ saiu até comercial tirando com isso).

    É aquela coisa, que moral temos de fazer todo esse estardalhaço com as declarações dela, se nós mesmos fazemos piada disso tudo?

    Alguns dizem “é nosso jeito de lidar com isso”. Bom, eu acho que é um jeito de tapar o sol com a peneira. Mais ou menos um “deixa eu fazer piada disso enquanto alguém em algum lugar pensa em como arrumar a situação”.

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