Halloween

megamonalisa_wicked-witch.jpgEstava vendo uma polêmica no G1 sobre fazerem do dia 31/10 o “Dia do Saci”. Nada contra a idéia de “dia do saci”, mas sempre considerei essas “nadadas contra a corrente” meio idiotas – especialmente quando incluem imposição por alguma lei bizonha. É como aquela lei anti-estrangeirismo na Língua Portuguesa: faz parte da nossa cultura, somos assimiladores compulsivos, precisamos de coffee breaks e websites para curar nossa baixa auto-estima com relação ao pessoal “de fora”.

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Fracasso vitaminado

Em janeiro desse ano fiz uma lista de metas a serem realizadas em 2006. Sei que dois meses ainda são suficientes para algumas coisas, mas ao ler:

Esse ano quero conhecer Cortázar e Faulkner. Quero tirar carteira de motorista, criar um gatinho novo e pintar o cabelo com alguma cor diferente. Quero andar de bicicleta outra vez. Tirar um dia de chuva para ler Allan Poe embaixo do cobertor ouvindo Smiths como costumava fazer. Voltar a colecionar Dylan Dog. Aprender a fazer arroz branco soltinho. Me formar e encarar mestrado. Você sabe, o básico. Felicidade.

Nâo tem como não me sentir um fracasso. Faulkner (não gostei), gato novo (da minha mãe) e formatura (aos trancos e barrancos). E só. Blé. Vou ali procurar um pé de tomate azul para me enforcar e volto mais tarde.

Ralf, não coma a cola!

Sempre que retorno à condição de professora, tenho que lidar com essa triste realidade: a decepção faz parte do meu trabalho. Não é decepção de ter um chefe que não reconhece seu valor (minha chefe é gente boníssima), de ter um ambiente de trabalho ruim (eu dou boas risadas nos intervalos) ou coisas do gênero.

É a decepção de qualquer professor: a de ter que encarar o fato de que nem todo mundo está a fim de aprender. Eu sei que é algo bastante óbvio, mas acho que para mim a obviedade disso funciona tal e qual a de que precisamos colocar o verb to be para construir a voz passiva, mas eles não o fazem. Eu sou uma pessoa fascinada por conhecimento, do tipo que fica toda animada com Gramática Categorial por ver “algo de diferente”. Para mim, aula é sinônimo de oportunidade.

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Vem cá ficar comigo

… encontrei uma barata na cozinha

eu olhei pra ela, ela olhou pra mim

ofereci pra ela um pedaço de pudim

o curioso foi que ela… ela disse sim! :mrpurple:

Não, esse não é um post sobre a banda Inimigos do Rei, ou de como nos anos 90 o Paulinho Moska ficou sério e nem parece que ele fazia parte dessa banda dos anos 80 que tocava sucessos como Adelaide.

Nããão, é um post sobre – uou – A Metamorfose, do Kafka (sacou o trocadilho, ahn ahn?). Eu já tinha comentado no Hellfire antigo qualquer coisa sobre a tradução para ‘barata’ (e eu até linkaria para vocês, mas ele está todo zoneado) mas agora eu quero comentar sobre essa ediçãozinha bacana da LP&M.

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A alma nasce velha e se torna jovem. Esta é a comédia da vida.*

Fico cá lembrando de quando tinha meus 15, 16 anos e então aparecia alguém mais velho para conversar e, por me considerar uma pessoa ‘xóvem’, usava altas gírias descoladas durante o papo – gírias que poderiam ser “descoladas” no tempo dele, mas que para mim soava como qualquer coisa tipo “É uma brasa, mora?”. Enfim.

Olhava para o tiozinho com um desdém típico e pensava: vou envelhecer bem, porque nunca vou ficar por fora das novidades, e nunca vou esquecer o que é ser jovem. Mas sabe como é, certezas o tempo leva (e agora sim estou soando como uma velha)…

Dias atrás minha sobrinha estava louca da vida porque alguém estava “xingando” a menina de emo. Então me dei conta: estou por fora. Perdi o bonde e até agora não consigo entender como surgiu esse ódio aos emos, pelo menos não da mesma forma que lá no início dos 90 eu entendia porque o pessoal do skate não gostava de “grunges”.

Blé, talvez esse seja o momento ideal de tomar cuidado ao falar com pessoas “xóvens”…

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* Citação básica do Wilde, que continua da seguinte maneira: … o corpo nasce jovem e envelhece. Essa é a tragédia da vida.

Dia dos professores

É um bom termômetro para saber o quanto seus alunos gostam ou não de você. Estou dando um desconto por ter caído num domingo, mas de qualquer forma, o fato é que não ganhei porcaria nenhuma de presente, ao contrário do último dia dos professores em que estava dando aula no qual ganhei uma caixa de trufas mui deliciosas.

Enfim, o lado bom é que tenho gatinho novo, a Fifi. O nome não fui eu que escolhi, óbvio – e o gato nem é tão meu assim, visto que minha mãe pegou para fazer companhia para o cachorro (sim).

Fófinhers do mundo

Saiu notícia de que a Coca-Cola lançará uma bebida que ajuda a queimar calorias. Tá aí algo para se pensar. Deixando de lado o fato que você tem que tomar três latas do negócio para eliminar míseras 100 calorias (um filé de frango grelhado bate mais ou menos nessa casa), não deixa de ser interessante que eles estejam colocando no mercado algo que, bem, que não engorde.

Enfim, o tal do Super Size Me acabou rendendo algumas modificações, não? Uma ida ao Tio Ronald para conferir. Cheio dos produtos saudáveis, tabelas de calorias e afins. Tabelas de calorias na caixa dos sanduíches não são uma boa idéia, btw. Gostava quando ficavam na parede e eu só via quantas calorias tinha o negócio se eu quisesse, de forma que só ficava com peso na consciência pelas 800 e tantas calorias do Big Tasty se esquecesse que aquela tabela na parede não tinha um conteúdo divertido.

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Então

Isso pode não ser um retorno, mas enfim. Precisava saber de mais alguém se bem, sou só eu que acho que a voz do Neil Gaiman é igual a do Alan Rickman. Estava assistindo essa entrevista aqui, com o Gaiman lá, usando suas básicas roupitchas pretas… e aí não deu para deixar de pensar…

…Harry Potter. Our new celebrity.

Liga não, coisa de nerd. Só divagando um tico enquanto piro sobre os sete salões d’A Máscara da Morte Rubra.